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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Braima Camará recebido por Ramos Horta e Ovídio Pequeno na Sede da ONUGUIBIS

Braima Camará, líder do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e candidato que foi derrotado por uma coligação formada por diferentes candidatos à liderança do PAIGC no seio de uma denominada “Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC” que apoiou o Eng. Domingos Simões Pereira a chegar a Presidência do PAIGC, foi ontem recebido pelos Representantes Especiais do Secretário-Geral das Nações Unidas e da União Africana, respectiva-mente, Ramos Horta e Ovídio Pequeno.
Durante este encontro, Braima Camará que se encontrava acompanhado do Coordenador Geral do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, camarada Marciano Silva Barbeiro, agradeceu os esforços que os dois altos Representantes Especiais têm desenvolvido para permitir que a Guiné-Bissau faça um retorno gradual e sustentável à plena constitucionalidade e muito em especial no seio do PAIGC, de forma a permitir ao nosso grande Partido não só a realização da sua reunião magna, como também na procura dos melhores consensos conducentes à reconciliação interna, unidade e coesão interna no seio deste.

Ramos Horta e Ovídio Pequeno informaram Braima Camará que têm mantido conversações com o actual Presidente do PAIGC, camarada Simões Pereira e que estão conjuntamente desenvolvendo esforços no sentido de permitir uma maior consolidação dos esforços tendentes a reconciliar as partes e a criar condições para cimentar a unidade e a coesão interna no seio do Partido.

Os Representantes Especiais elogiaram a forma como Braima Camará assumiu a sua derrota e a disponibilidade que demonstrou em trabalhar em prol do fortalecimento e coesão interna do PAIGC no seu discurso proferido logo após o anúncio dos resultados para a eleição do Presidente do PAIGC em Cacheu.

Ramos Horta e Ovídio Pequeno mostraram-se surpreendidos pelo facto de lhes terem sido informados pela actual Direcção do PAIGC da existência de vários candidatos presidenciais no seio do PAIGC, que consideraram como uma fonte potencial geradora de novos desentendimentos, derivado do facto dos diferentes interesses em jogo, facto que Braima Camará disse não ter conhecimento oficial, salvo os boatos que normalmente circulam em Bissau.

Em relação à providência cautelar de que a Direcção do PAIGC foi notificada na passada sexta-feira pelo Tribunal Regional de Bissau, situação que Ramos Horta e Ovídio Pequeno consideram preocupante, Braima Camará aproveitaria para informar que esta “é uma iniciativa levada a cabo por militantes e ex-dirigentes do Partido que se sentiram profundamente indignados e feridos na sua honra pela forma como foram e estão sendo tratados pela actual Direcção, primeiro pela forma como não deixaram ninguém se exprimir para dar a sua opinião ou contraproposta nos trabalhos do Congresso, inclusive pela forma pouco elegante como a própria Presidente do Congresso se dirigiu aos que solicitaram a palavra, inclusive eu, enquanto candidato e com responsabilidades acrescidas, para lhes dizer que só daqui a quatro anos poderiam falar”, para logo acrescentar que “para complicar mais ainda a situação, vem o Presidente do Partido, afirmar na reunião do Bureau Político, aquando da apresentação da proposta para a composição da Comissão Permanente deste órgão estatutário, que escolheu somente os camaradas do seu projecto, por uma questão de confiança, tendo em vista não encontrar atropelos na execução do seu projecto. Isto é muito grave e inaceitável vindo da parte de um líder com pretensões para unir e reconciliar o Partido”.

 Ramos Horta e Ovídio Pequeno defenderam a necessidade urgente de se encontrar uma saída política que leve a ultrapassar esta situação, argumentando ainda pelo facto do actual Presidente do PAIGC estar a enfrentar no seio da sua própria coligação pressões de vária ordem, que começaram, inclusive em Cacheu aquando da elaboração das propostas para a formação dos órgãos estatutários, entre outros assuntos e que só o restabelecimento de um clima propício a um diálogo aberto e em defesa dos superiores interesses do PAIGC se poderiam encontrar as melhores soluções para salvar uma vez mais o Partido Libertador e neste contexto mostraram-se disponíveis e altamente interessados em propor um encontro entre Simões Pereira e Braima Camará, sob os seus auspícios.

Braima Camará disse estar sempre disponível para encontrar uma solução, porque o que está em jogo são os superiores interesses do país, “porque para mim e o Projecto que me apoia a Guiné-Bissau, o nosso povo, a unidade e a reconciliação da grande família guineense, bem como a criação das mais sustentáveis condições para o nosso desenvolvimento e par do bem-estar e progresso do povo guineense são prioridades inquestionáveis, daí que esteja sempre disponível, eu e qualquer elemento do meu projecto a sentarmo-nos seja com quem for para a busca das melhores e mais consistentes soluções que possam conduzir retirar o país da situação difícil onde se encontra”.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA: Promovida pelos camaradas Seco Coté, Almame Quebá Djassi e César de Carvalho

Os autores da providência cautelar não impugnaram todas as deliberações do VIII Congresso. Não impugnaram, nomeadamente, as deliberações que constituíram os órgãos do congresso, que chumbaram a proposta de revisão dos estatutos, ou que elegeram o Presidente e os Vice-Presidentes do PAIGC.

Os autores da providência cautelar apenas impugnaram as deliberações do VIII Congresso que elegeram o Comité Central e o Conselho Nacional de Jurisdição, bem como, por consequência, a deliberação do Comité Central que elegeu o Bureau Político do PAIGC.
Porquê?

Porque aquelas deliberações do VIII Congresso e do Comité Central ofenderam os Estatutos do Partido e o Regulamento Eleitoral aprovado sob proposta da própria aliança que viria a vencer o congresso. O que aquela aliança aprovou num dia, estava a ser violado no dia seguinte, ofendendo os
interesses do partido e os direitos dos autores da providência.

Os autores da providência sentiram-se profundamente injustiçados porque foram e são militantes exemplares, militantes de primeira linha e hora, sobretudo nos momentos difíceis que o partido atravessou no passado.

Os autores foram pura e simplesmente retirados da lista do comité central, ou desclassificados do bureau político para o comité central, em alguns casos até para suplentes do Comité Central, pelo simples facto de terem apoiado a candidatura de Braima Camará à Presidência do Partido.

Os autores foram substituídos por camaradas que nem sequer eram delegados ao VIII Congresso, por camaradas que caíram nas conferências de base do partido e foram ilegitimamente repescados para o congresso, e ainda por camaradas que nem sequer participaram nas conferências de secção ou sector, tudo na base de clientelismos e nepotismo.

Os autores faziam parte das listas aprovadas pelas respectivas Comissões Políticas Regionais, as únicas entidades com legitimidade e competência para propor os candidatos ao novo Comité Central, a partir das regiões ou zonas. Os seus nomes foram eliminados por uma Comissão Ad Hoc criada de forma anti-estatutária e ilegal, Comissão presidida pelo próprio Presidente eleito do PAIGC, eng.º Domingos Simões Pereira, e integrada por Carmem Pereira, Baciro Djá, Inácio Correia (Tchim), José António Almeida, Botche Candé e outros.

Nenhum destes camaradas fazia parte da comissão de mandatos, única entidade com competência estatutária e regulamentar para compor as listas de candidatos para o comité central e para o conselho nacional de jurisdição, em cooperação com os presidentes das comissões políticas regionais, com os coordenadores das organizações sociopolíticas ou com o presidente do partido, consoante se esteja a tratar da quota regional, da quota das sociopolíticas ou da quota nacional, respectivamente.

A Comissão Ad Hoc funcionou numa base inquisitória, chamando à vez os presidentes das comissões políticas para lhes impor a eliminação de camaradas cuja fidelidade à linha vencedora não fosse manifesta. À revelia e contra a vontade expressa dos responsáveis regionais, as listas propostas foram alteradas por esta comissão ad hoc.
Responsabilizamos pessoalmente o presidente do partido pelas consequências políticas desta sua postura, a qual foi por ele confirmada inequivocamente na última reunião do comité central. Nesta reunião o presidente do partido eleito afirmou sem quaisquer reservas que só integraria nas suas listas os camaradas que apoiaram a sua candidatura, esquecendo-se por completo dos interesses do partido e das suas próprias promessas eleitorais. É esta a noção de reconciliação, unidade e coesão do partido que defende o Eng.º Domingos Simões Pereira.

Os autores esclarecem a opinião pública que esta conferência de imprensa foi realizada na sequência da entrevista dada no dia 22 de Fevereiro à Rádio Bombolom pelo Presidente do Partido, na qual a todos acusou de estarem de má-fé, de não terem reclamado no congresso aquilo que reclamam hoje em defesa de interesses mesquinhos e de prejudicarem o partido. 

Os autores da providência cautelar aproveitam esta oportunidade para relembrar ao Eng.º Domingos Simões Pereira que várias foram as reclamações apresentadas por escrito no congresso que não mereceram qualquer resposta de quem de direito, que estava mais preocupado com a implantação da lei da rolha do que com a promoção de um debate sério e participado entre os congressistas. Mais lhe relembram que ele foi um dos dirigentes do PAIGC que em Cacheu fizeram aprovar à força uma resolução do comité central nos termos da qual os problemas do partido não devem ter solução política, antes deve ser sempre privilegiada a via judicial. Na altura estava em causa a representação das regiões de Bafatá e Oio no VIII Congresso, nas quais os apoiantes de Braima Camará foram despoticamente afastados para assim abrir caminho à maioria forjada que viria a vencer o Congresso.
Foi uma questão de contas e de força, sem olhar para a dignidade de militantes cujo empenho e voto agora serão solicitados pelos prostituídos da política.
O futuro dirá com quem estão as bases do partido.

Bissau, 24 de fevereiro de 2014.

Morreu um guineense cujo combate de sempre foi o desenvolvimento da terra que o viu nascer

Carlos Schawrz Silva "Pepito", um guineense cujo combate
de sempre foi o desenvolvimento da terra que o viu nascer
Pepito morreu!

Quando lemos este artigo pequeno, mas enorme pela sua profundidade resolvemos adoptá-lo, publicando-o neste blog de combate democrático.

 Com efeito, a nossa camarada e ex-Ministra da Economia, Helena Nosolini Embaló, fez uma lúcida e realística homenagem ao nosso velho amigo e camarada Carlos Silva, mais conhecido pelos guineenses por Pepito e resolvemos publicá-lo porque ela foi na verdade extraordinária:

 Um combate permanente, um exemplo de vida!

Para mim, Pepito simbolizou sempre um exemplo. Um exemplo de inteligência, de perseverança e de competência. Lembro-me, naquela época no início dos anos oitenta, quando me encontrava em Lisboa a estudar, o quanto me sentia orgulhosa de estar ao lado «deles», do Pepito e da Belocas, os ícones da minha fase pré-adulta, nas suas curtas passagens em Lisboa, em missão de serviço. Lembro-me como me senti revoltada quanto ambos deixaram o DEPA (o Estado) e admirei a coragem com que assumidamente criaram a ONG «AD» e das lutas que travaram contra as práticas do poder vigente muito hostis à emergência da sociedade civil. Lembro-me (da última vez que o vi com vida), da forma despretensiosa e audaciosa como concebeu a minha «saída» do país logo após o golpe de Estado de 2012.

Mesmo quando o passar dos anos foi embaciando o fervor revolucionário do pós-independência, Pepito em nenhum momento se converteu à logica do liberalismo económico ou se rendeu à fidelização perversa da político-partidária. O seu combate sempre foi o desenvolvimento da terra que o viu nascer. A sua ambição foi sempre fazer dos «camponeses» e das comunidades rurais, os propulsores do progresso e da dinâmica económica e social.

Mesmo que se pudesse discordar por vezes de aspectos centrais das suas orientações ideológicas, todos lhe reconhecemos a sua capacidade de emergir nos contextos mais complexos e precários, e lá quando mais ninguém esperava, ele reaparecia com ideias e projectos arrojados para implementar. Nos últimos anos da sua vida surpreendeu-nos com a sua faceta de um homem preocupado com as raízes históricas e a cultura do seu povo, disso são testemunhos, entre outros, as iniciativas e obras (Museu e Simpósio de Guiledge, e recentemente o Mausoléu de Cacheu) que ajudou a erguer para resgatá-las.

Curiosamente, este seu inconformismo, este seu combate permanente fez realçar a grandeza de sua figura e transformá-lo num exemplo de vida e de esperança!

Obrigada Pepito!

Que a terra lhe seja leve. As nossas mais sentidas condolências a família e aos seus companheiros da AD.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Centenas de militantes do PAIGC que apoiaram Braima Camará reuniram-se em Bissau para solicitar a Braima Camará que se candidate à Presidência da República

Mais de 42 oradores, entre os cerca de três centenas e meia de militantes do Partido, vindos de todas as Zonas e Regiões do país, que participaram como delegados ao VIII Congresso Ordinário do PAIGC, realizado em Cacheu, concentraram-se nas instalações do Malaika Trading nas zonas industriais de Brá, no passo 15 de Fevereiro, para saber o que Braima Camará tencionava fazer em termos do seu futuro político.

 
As intervenções deixaram transparecer de forma nítida que o VIII Congresso Ordinário do PAIGC deixou marcas e que urge hoje, se a nova Direcção eleita na reunião magna de Cacheu não trabalhar no sentido de assegurar a unidade e a coesão interna do PAIGC, teremos uma vez mais dividido o nosso grande Partido.

Óscar Barbosa fez a introdução em nome da Coordenação Nacional do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, tendo considerado que o Congresso de Cacheu demonstrou de forma inequívoca a necessidade urgente do PAIGC se dotar de novos métodos de actuação, “pois o que se passou ao longo deste processo, veio demonstrar claramente que a transparência, a verdade, a legalidade foram escamoteados em nome de uma aliança criada e sustentada para minar a todo o custo, um projecto e um líder que só pretendiam salvar o PAIGC da situação de crise profunda onde se encontra”.

Marciano Silva Barbeiro agradeceu em nome do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” todas as diferentes estruturas criadas nos seu seio e os seus demais responsáveis a todos os níveis, pelo papel e pela acção levadas a cabo que “dignificaram o nosso Partido e os seus dirigentes e militantes, pois o objectivo visado era defender o PAIGC e criar as condições para a sua unidade e coesão interna e paralelamente programar a sua modernização”.
 
 
Nós não saímos derrotados de Cacheu, pois o que se passou foi uma luta titânica onde todos se juntaram para nos derrubar e o conseguiram porque ao retirarem-nos às claras vitórias que alcançamos nas Conferências Regionais de Oio e Bafatá e o facto de terem acrescentado ilegalmente o número dos delegados fixados pelo Comité Central aos Veteranos em mais 10 delegados, então vemos claramente que nós seríamos os grandes vencedores do VIII Congresso Ordinário”, diria ainda Marciano Silva Barbeiro, para logo prosseguir a sua intervenção referindo-se que a vitória de Braima Camará e do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” era “uma vitória da coerência e da verdade, pois sempre nos mantivemos fiéis ao modelo que defendemos assente nos Estatutos aprovados em Gabú e nunca optámos por outros caminhos só porque queríamos alcançar o poder a todo o custo e a prova disso é que conseguimos chumbar o anteprojeto dos Estatutos, significando isso uma vitória moral importante, pois não nos esqueçamos de que desde o início deste processo registámos uma clara e evidente hostilidade em torno do nosso Projecto e muito principalmente contra a figura do camarada Braima Camará”.

 
O camarada Braima Camará começaria a sua intervenção pedindo desculpas a todos os camaradas que o apoiaram “pelos danos e pelos sofrimentos qe nos foram impostos, pelo que expresso de forma humilde e sincera o meu muito obrigado a todos os que acreditaram no Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e deram tudo quanto tinham para tornar num sucesso esta nossa caminhada feita em nome dos superiores interesses do PAIGC”.

 
Em Cacheu tudo aconteceu, menos democracia, menos verdade, menos justiça” diria ainda Braima Camará, para logo acrescentar, “sempre defendi e lutei que em primeiro lugar estaria sempre a Guiné-Bissau e só em último lugar estaria o meu interesse pessoal, em nome da paz e da estabilidade, apesar de ter escutado por vezes sem conta veladas ameaças e uma intensa campanha de difamação”.

Nós jamais prejudicaríamos os superiores interesses do nosso grande Partido e pelo que se passou em Cacheu, temos condições para pôr em causa algumas Resoluções aprovadas no VIII Congresso de Cacheu, mas não o vamos fazer porque entendemos que a nossa luta deve ser interna, no seio do PAIGC, mas como líder deste projecto, não aceito ultimatos, nem imposições, nem humilhações e estamos absolutamente convencidos de que só conversando com sinceridade e transparência podemos chegar a soluções mais adequadas para salvaguardar os superiores interesses do nosso Partido” diria ainda Braima Camará, para logo acrescentar, “que nós sempre jogamos limpos, sempre colocamos o PAIGC acima de quaisquer outros interesses, ao contrário de muitos que jogaram tudo e sem olhar a meios para chegar aonde chegaram, basta relembrarmos as peripécias ocorridas em torno das Conferências Regionais de Oio e de Bafatá, basta recordarmos as mudanças de estratégias em torno dos Estatutos, basta recordarmos a sórdida campanha que levaram a cabo para denigrir a minha imagem e tudo fizeram para barrar Braima Camará deste processo”.
 
Reconheci a nossa derrota em Cacheu em nome da ética, da dignidade e dos superiores interesses do PAIGC e prometi trabalhar em nome da reconciliação, da unidade e coesão do nosso Partido e fi-lo com a clara consciência de que era necessário salvaguardar os superiores interesses do país, a partir da própria estabilidade interna do Partido e também do discurso à unidade e a reconciliação que escutámos, mas posteriormente e de forma gradual, estamos a verificar que tudo o que escreveram, tudo o que falaram, estão sendo clara e lamentavelmente contrárias as intenções manifestadas” afirmaria Braima Camará na sua intervenção.

Para Braima Camará, “tudo aquilo que estiver dentro da nossa razão, não abdicaremos de lutar pelos nossos direitos” e numa clara alusão a forma como foi elaborada a lista dos membros dos órgãos estatutários, o Comité Central e o Bureau Político, demonstraram de forma clara que os Estatutos e o próprio Regulamento Eleitoral elaborado à luz dos anteprojetos de Estatutos chumbados pelo Congresso de Cacheu não foram minimamente respeitados e os meus apoiantes foram de forma clara e deliberada afastados destes órgãos, com a agravante de uma grande maioria deles serem até Presidentes de Comissões Políticas de Zona ou Sectoriais

Vamos agora aguardar pela lista dos Deputados, pela composição do Secretariado, para vermos se continua esta estratégia, que só visa acentuar a divisão e instabilidade no seio do PAIGC, pois para nós, a hora deveria ser de reconciliação e de tolerância e fazer o contrário é somente revanchismo, contra todos os que de uma maneira ou outra nos apoiaram num projecto de que estamos profundamente orgulhosos porque conseguimos, quer queiram ou não, um projecto verdadeiramente a altura de salvar o PAIGC” diria ainda Braima Camará, para logo a seguir afirmar que “a Aliança que levou todos os potenciais concorrentes a lutarem contra o nosso Projecto, não passa de uma mescla de projectos sem rumo e que se reflecte na própria composição dos órgãos estatutários saídos do VIII Congresso Ordinário de Cacheu”.

 
Apesar de partilhar os mesmos sentimentos convosco, quero aqui lançar um apelo aos camaradas José Carlos, Seco Coté, Djana Sane no sentido de todos nós mantermo-nos no mesmo barco e dentro dele lutarmos por um PAIGC que defendemos e sonhamos” diria Braima Camará para na linha da sua intervenção, afirmar que “temos que continuar a dar uma lição de maturidade, de coerência e coragem política em nome dos euperiores valores que defendemos e que o nosso Projecto defendeu em nome dos superiores interesses do PAIGC, pois a nossa força é permanecermos juntos e lutarmos juntos em prol de um PAIGC unido e forte”.

 A terminar, Braima Camará, sustentaria que “o nosso Projecto de Liderança Democrática e Inclusiva transformou-se num modelo político que não deve morrer”.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Braima Camará apresentando no VIII Congresso Ordinário do PAIGC a sua Moção de Estratégia

CAMARADAS,

NHA ERMONS CONGRESSISTAS,

HOJE SINTO-ME ORGULHOSO. PROFUNDAMENTE ORGULHOSO.

COMO FILHO DE COMBATENTE DA LIBERDADE DA PÁTRIA, SINTO-ME ORGULHOSO E HONRADO POR PODER COLOCAR-ME AO SERVIÇO DO NOSSO GRANDE PARTIDO, O PAIGC, PARA CUMPRIRMOS O SONHO DE CABRAL E DE TODOS OS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA:

TRAZER A PAZ, A ESTABILIDADE, O PROGRESSO E O BEM-ESTAR PARA O NOSSO POVO.

SE NOS DEREM A VOSSA CONFIANÇA ASSEGURO-VOS QUE COLOCAREI TODAS AS MINHAS ENERGIAS E TODAS AS MINHAS CAPACIDADES PARA SERVIR A GUINÉ-BISSAU, COLOCANDO OS INTERESSES DO NOSSO POVO ACIMA DE QUALQUER OUTRO.

CAMARADAS,

ASSIM COMO OS COMBATENTES ACREDITARAM NO SONHO DA LIBERTAÇÃO E FORAM CAPAZES DE O CUMPRIR COMO MAIS NINGUÉM NO MUNDO, NÓS ACREDITAMOS NA VITALIDADE E NA FORÇA DO NOSSO PARTIDO E NA NOSSA VONTADE DE VENCER.

NUMA LEGISLATURA RECOLOCAREMOS O NOSSO PAÍS NO LUGAR QUE LHE É DEVIDO NO CONCERTO DAS NAÇÕES. EM QUATRO ANOS DE TRABALHO DEDICADO DEVOLVEREMOS À GUINÉ-BISSAU O RESPEITO E A DIGNIDADE QUE OS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA CONQUISTARAM COM A GESTA DA INDEPENDÊNCIA.

CAMARADAS CONGRESSISTAS,

AS DIFICULDADES COM QUE O NOSSO PARTIDO É CONFRONTADO SÃO DO CONHECIMENTO DE TODOS NÓS. NÃO VAMOS REPETIR O QUE O RELATÓRIO DO COMITÉ CENTRAL JÁ DESCREVEU DE FORMA TÃO ELOQUENTE.

QUERO APENAS APROVEITAR ESTA OPORTUNIDADE PARA RENOVAR ÀS BASES DO PARTIDO, HUMILDES CAMPONESES E TRABALHADORES, O NOSSO RECONHECIMENTO PELO SEU EMPENHO NA PRESERVAÇÃO DO PARTIDO E DA SUA IDENTIDADE.

COMO DISSEMOS EM OUTRA OCASIÃO, NÃO FOSSEM AS BASES DO PARTIDO, O PAIGC JÁ NÃO SERIA REFERÊNCIA NO PLANO NACIONAL, COMO ACONTECEU NA CENA INTERNACIONAL, EM QUE SÓ É RECORDADO POR MOTIVOS MENOS BONS.

POR ISSO, APOIAMOS SEM RESERVAS A NOVA FORMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEMBROS NO COMITÉ CENTRAL, EM QUE 60% DOS LUGARES É RESERVADO PARA AS ESTRUTURAS DO PARTIDO, COMO FORMA DE GARANTIR A SUA PERENIDADE. 

SEM AS BASES E O CONTRIBUTO INDISPENSÁVEL DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA O PAIGC PERDE A SUA PRINCIPAL REFERÊNCIA.

PORÉM, PARA QUE OS COMBATENTES BENEFICIEM DO SEU ESTATUTO É NECESSÁRIO QUE CONCRETIZEM NA PRÁTICA O PRECEITO CONSTITUCIONAL, QUE RECONHECE ETERNA GRATIDÃO AOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA.

CAMARADAS,

PERMITAM-ME UMA PALAVRA DE ESPECIAL APREÇO PARA TODOS OS CAMARADAS QUE LIDERARAM AS CANDIDATURAS QUE ANIMARAM O DEBATE POLÍTICO E A DEMOCRACIA INTERNA NA PRESENTE PRÉ-CAMPANHA. A TODOS OS MEUS VOTOS DE PARABÉNS.

FOI A PRIMEIRA VEZ QUE TIVEMOS VERDADEIRAS PRIMÁRIAS NO SEIO DO NOSSO PARTIDO. COM A MUDANÇA GERACIONAL QUE TAMBÉM VAI ACONTECER PELA PRIMEIRA VEZ NO PAIGC, DESDE A SUA FUNDAÇÃO, O TEMPO DAS CANDIDATURAS ÚNICAS ACABOU.

ESTAMOS NO TEMPO DAS LIBERDADES, DA CIDADANIA E DA DEMOCRACIA. POR ISSO, AO INVÉS DE ANALISARMOS DE FORMA ACRÍTICA OS TEMPOS DE MUDANÇA QUE OCORREM NO NOSSO SEIO, É CHEGADO O MOMENTO DE SAUDARMOS DE FORMA POSITIVA A VITALIDADE QUE O NOSSO PARTIDO REVELOU NESTE MOMENTO CRUCIAL DA NOSSA HISTÓRIA.

O PAIGC MUDOU. VAI SER ENTREGUE A UMA NOVA GERAÇÃO, CONFIANTE, AMBICIOSA, CORAJOSA, CAPAZ DE ASSUMIR TODOS OS DESAFIOS COM QUE A NAÇÃO POSSA VIR A SER CONFRONTADA.

OS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA TÊM DE ESTAR ORGULHOSOS DOS SEUS FILHOS.

CAMARADAS,

COMO FILHO DE COMBATENTE DA LIBERDADE DA PÁTRIA SINTO-ME NA OBRIGAÇÃO DE TUDO FAZER PARA RESGATAR O PAIGC DA PROFUNDA SITUAÇÃO DE CRISE EM QUE SE ENCONTRA.

UM PARTIDO COM O HISTORIAL E COM OS VALORES DO PAIGC NÃO PODE DEIXAR DE SER REFERÊNCIA PARA AS GERAÇÕES VINDOURAS. QUAIS SÃO AS REFERÊNCIAS DO PAIGC?

O PAIGC É O PARTIDO HISTÓRICO, COM UMA DAS MAIS BRILHANTES HISTÓRIAS DOS MOVIMENTOS E LUTAS DE LIBERTAÇÃO DE TODO O MUNDO.

O PAIGC É UM PARTIDO DE PRINCÍPIOS E DE CAUSAS, ASSENTE EM VALORES UNIVERSAIS QUE O COLOCAM DE ENTRE OS PARTIDOS PROGRESSISTAS DO MUNDO. VALORES TAIS COMO:

o   A LIBERDADE

 

o   A IGUALDADE

 

o   A JUSTIÇA

 

o   A SOLIDARIEDADE

 

o   A TOLERÂNCIA

 

o   A HUMILDADE

 

o   A RESPONSABILIDADE

 

o   O TRABALHO.

SÃO VALORES CONQUISTADOS NO FRAGOR DA NOSSA LUTA E QUE SE ENRAÍZARAM NA CULTURA DO NOSSO POVO, QUE É PROFUNDAMENTE DEMOCRÁTICA.

POR ISSO, O PAIGC DEFENDE E PROMOVE UMA SOCIEDADE ABERTA, CENTRADA NO HOMEM, QUE VIVE E SE REALIZA COM OS OUTROS, EM COMUNIDADE. PROMOVE AINDA UMA CIDADANIA RESPONSÁVEL E PARTICIPADA E UMA JUSTIÇA SOCIAL QUE OLHE PELAS CAMADAS MAIS DESFAVORECIDAS DA NOSSA POPULAÇÃO.

O PAIGC É UM PARTIDO DO POVO, MAIORITARIAMENTE PARTICIPADO PELAS MASSAS CAMPONESAS, MAS QUE ENCONTRA O ESSENCIAL DA SUA FORÇA NA ALIANÇA ESTRATÉGICA QUE ESTABELECE COM OUTRAS CAMADAS SOCIAIS. ESTA É UMA DAS CONTRIBUIÇÕES MAIS MARCANTES QUE CABRAL DEIXOU NO MONUMENTO TEÓRICO DAS LUTAS DE LIBERTAÇÃO.

O PAIGC É O PARTIDO QUE TROUXE A INDEPENDÊNCIA, A LIBERALIZAÇÃO ECONÓMICA, AINDA OS VENTOS DA PERESTROIKA NÃO TINHAM CHEGADO A AFRICA, E A DEMOCRACIA PARA A GUINÉ-BISSAU.

O PAIGC É UM PARTIDO RICO, NOS SEUS MILITANTES, NOS SEUS QUADROS, NAS SUAS REALIZAÇÕES. DENTRO E FORA DO PAÍS TODOS QUEREM AJUDAR O PAIGC A RECONQUISTAR O SEU LUGAR DE VANGUARDA NA LUTA PELA AFIRMAÇÃO DOS POVOS.

NINGUÉM NOS PERDOARIA SE DEIXÁSSEMOS PERDER ESTE PATRIMÓNIO, CONSTRUÍDO COM O SUOR E SANGUE DOS NOSSOS COMBATENTES. ESSA É A NOSSA AMBIÇÃO. RESGATAR O PAIGC PARA O RECOLOCAR NO LUGAR QUE LHE PERTENCE E DIGNIFICAR A LUTA HERÓICA DOS NOSSOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA É A NOSSA MISSÃO.

CAMARADAS,

PARA ATINGIRMOS OS OBJECTIVOS QUE PRECONIZAMOS E AJUDAR O PARTIDO A ULTRAPASSAR O ESTADO DE LETARGIA EM QUE ENCONTRA, TORNA-SE INDISPENSÁVEL A REALIZAÇÃO DAS SEGUINTES PREMISSAS:

Ø  APROFUNDAMENTO DO DIÁLOGO POLÍTICO NO SEU SEIO, NO RESPEITO PELOS PRINCÍPIOS DA CRÍTICA E DA AUTO-CRÍTICA, DE FORMA A ELIMINAR DESCONFIANÇAS E A RECONCILIAR DIRIGENTES, MILITANTES E SIMPATIZANTES COM BASE NA VERDADE;

 

Ø  ADOPÇÃO DE UMA LIDERANÇA DE HUMILDADE E EXEMPLO, ABERTA, PARTICIPADA E RESPONSÁVEL, AO SERVIÇO DO PARTIDO, SEUS MILITANTES E SIMPATIZANTES;

 

Ø  VALORIZAÇÃO E ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA NA VIDA DO PARTIDO E NA SOCIEDADE;

 

Ø  A DISCUSSÃO DOS ASSUNTOS INTERNOS NAS ESTRUTURAS COMPETENTES, NA BASE DE UM DIÁLOGO INCLUSIVO E DEMOCRÁTICO;

 

Ø  CUMPRIMENTO E RESPEITO ESCRUPULOSO DOS ESTATUTOS, PROGRAMA E NORMAS DE FUNCIONAMENTO DO PARTIDO E DAS DELIBERAÇÕES DOS SEUS ÓRGÃOS;

 

Ø  RESPONSABILIZAÇÃO DE DIRIGENTES E MILITANTES PELO CUMPRIMENTO DAS MISSÕES CONFIADAS, E PROMOÇÃO DE UMA CULTURA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS;

 

Ø  MOTIVAÇÃO E ESTÍMULO DE TODOS OS SEUS DIRIGENTES E QUADROS, ESPECIALMENTE OS PROFISSIONALIZADOS A NÍVEL NACIONAL, REGIONAL E LOCAL;

 

Ø  CRIAÇÃO DE UM ESTATUTO REMUNERATÓRIO PARA MILITANTES PROFISSIONALIZADOS E GARANTIA DA SUA INSCRIÇÃO NA SEGURANÇA SOCIAL;

 

Ø  RECENSEAMENTO DE TODO O PATRIMÓNIO, REABILITAÇÃO, MODERNIZAÇÃO E EQUIPAMENTO CONDIGNO DAS SEDES NACIONAL, REGIONAIS E LOCAIS DO PARTIDO, CRIANDO AUTO-SUFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM TODAS ELAS;

 

Ø  PROMOÇÃO DA AUTONOMIA FINANCEIRA DO PARTIDO, ATRAVÉS DE INICIATIVAS DE TIPO COOPERATIVO OU EMPRESARIAL E OUTRAS. O PAIGC NÃO PODE CONTINUAR A SER UM PARTIDO PEDINTE, QUE PRECISA DA AJUDA DE TERCEIROS PARA REALIZAR UM SIMPLES CONGRESSO;

 

Ø  REFORÇO DA CONCERTAÇÃO NA FRENTE EXTERNA COM PARTIDOS IRMÃOS E DA MESMA FAMÍLIA POLÍTICA, OS ALIADOS TRADICIONAIS DO PAIGC COMO O PAICV, O MPLA, A FRELIMO, O MLSTP E A FRETILIN, O ANC E A FLN, COM OS QUAIS CONDUZIMOS UMA BRILHANTE GESTA LIBERTADORA COMUM.

SÓ UM PAIGC FORTE, CONFIANTE, ORGANIZADO, MODERNO E REJUVENECIDO PODE ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DO MANDATO QUE O POVO GUINEENSE LHE QUER RENOVAR NA SENDA DO PROGRAMA MAIOR DO PARTIDO DEFINIDO POR AMÍLCAR CABRAL.

CAMARADAS,

PARA ALÉM DE REORGANIZAR O PARTIDO EM TORNO DAS PREMISSAS ACABADAS DE REFERIR, ASSUMO SEM RESERVAS O COMPROMISSO DE:

Ø  CONFERIR AO SECRETÁRIO NACIONAL OS MEIOS, O ESPAÇO E A INDEPENDÊNCIA NECESSÁRIOS AO CUMPRIMENTO DA SUA MISSÃO;

 

Ø  MELHORAR OS MECANISMOS DE CONTROLO E SUPERVISÃO DA ACTIVIDADE PARTIDÁRIA, SOBRETUDO NA ARTICULAÇÃO FUNCIONAL ENTRE AS ESTRUTURAS DE DIRECÇÃO E AS DIFERENTES ESTRUTURAS REGIONAIS E LOCAIS;

 

Ø  ESTABELECER MECANISMOS QUE GARANTAM O CONTACTO REGULAR ENTRE AS BASES DO PARTIDO E A SUA CÚPULA;

 

Ø  RESPEITAR ESCRUPULOSAMENTE A DEMOCRACIA INTERNA NA VIDA DO PARTIDO, FAZENDO REFLECTIR NAS LISTAS PARA OS ÓRGÃOS DIRIGENTES AS DIFERENTES CORRENTES DE OPINIÃO;

 

Ø  PROPORCIONAR UM ENQUAFRAMENTO FUNCIONAL DO CONSELHO DE VETERANOS DO PAIGC JUNTO DO PRESIDENTE DO PARTIDO COM FUNÇÕES ESSENCIALMENTE CONSULTIVAS;

 

Ø  COMBATER O MEDO, O SERVILISMO OU A IMPOSIÇÃO DE CRITÉRIOS OU PONTOS DE VISTA QUE CONTRARIEM O RIGOROSO CUMPRIMENTO DAS REGRAS DEMOCRÁTICAS;

Ø  COMBATER O CLIENTELISMO E O NEPOTISMO E ASSEGURAR QUE A PROMOÇÃO DE QUADROS E MILITANTES SE FARÁ PELO MÉRITO.

CAMARADAS,

O PAIGC É UM PARTIDO DE PODER. É COM NATURALIDADE QUE O POVO LHE RENOVA CONFIANÇA DEVOLVENDO-LHE SISTEMATICAMENTE O PODER. OS COMPROMISSOS QUE ASSUMO PERANTE VÓS E PERANTE O PAÍS VISAM GARANTIR CONDIÇÕES DE CONFIANÇA, ESTABILIDADE E PAZ SOCIAL, PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO. NÃO PRETENDO APRESENTAR JÁ AQUILO QUE VIRÁ A SER O NOSSO PROGRAMA DE GOVERNAÇÃO, POIS AINDA NÃO É O MOMENTO PARA TAL. CONTUDO PODEMOS TRAÇÁ-LO NO ESSENCIAL EM TORNO DOS SEGUINTES EIXOS:

Ø  TRANSFORMAR O PROGRAMA DO PARTIDO EM PROGRAMA DE GOVERNAÇÃO, COM OBJECTIVOS E METAS MENSURÁVEIS;

 

Ø  GARANTIR AS BASES DE UMA VERDADEIRA RECONCILIAÇÃO NACIONAL E PROMOVER UM SISTEMA JUDICIAL FORTE, IMPARCIAL E INDEPENDENTE;

 

Ø  REFORÇAR O DIÁLOGO POLÍTICO COM TODAS OS PARTIDOS COM ASSENTO PARLAMENTAR, PARA PROMOVER ENTENDIMENTO COM INCIDÊNCIA GOVERNATIVA E PARLAMENTAR;

 

Ø  REFORÇAR O DIÁLOGO SOCIAL COM ONG’S E OUTROS ACTORES E O DIÁLOGO TRIPARTIDO DE CONCERTAÇÃO SOCIAL COM SINDICATOS E PATRONATO;

 

Ø  PROSSEGUIR AS REFORMAS NO SECTOR PÚBLICO, COM ESPECIAL INCIDÊNCIA NAS FINANÇAS PÚBLICAS, NA JUSTIÇA E NAS FORÇAS ARMADAS;

 

Ø  COMBATER TODO O CRIME ORGANIZADO, EM ESPECIAL O RELATIVO AO TRÁFICO DE DROGAS, ARMAS, MULHERES E CRIANÇAS;

 

Ø  COMBATER A IMPUNIDADE;

 

Ø  RESOLVER COM A MAIOR DAS PRIORIDADES A SITUAÇÃO ENERGÉTICA DO PAÍS;

 

Ø  PROMOVER UMA PROFUNDA REFORMA DO ENSINO, VIRADA PARA A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES DO PAÍS E INSERÇÃO NO MERCADO GLOBAL;

 

Ø  CRIAR CONDIÇÕES PARA O REFORÇO DO SECTOR PRIVADO E ESTABELECIMENTO DE UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ASSENTE EM PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS;

 

Ø  ENQUADRAR E IMPLEMENTAR MECANISMOS INDEPENDENTES DE REGULAÇÃO DO MERCADO;

 

Ø  ASSEGURAR CONDIÇÕES CONDIGNAS PARA A COMERCIALIZAÇÃO DA CASTANHA DE CAJÚ, COMBATENDO A CARTELIZAÇÃO PROMOVIDA POR CERTOS OPERADORES ESTRANGEIROS;

 

Ø  PROMOVER A PROGRESSIVA TRANSFORMAÇÃO LOCAL DA CASTANHA DE CAJÚ E DE TODA A PRODUÇÃO AGRÍCOLA EXCEDENTÁRIA;

 

Ø  CRIAR CONDIÇÕES PARA GARANTIR AOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA UM RENDIMENTO ESTÁVEL E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA;

 

Ø  CRIAR CONDIÇÕES PARA UMA ECONOMIA SOCIAL SUSTENTÁVEL E UMA SOCIEDADE MAIS SOLIDÁRIA;

 

Ø  ASSEGURAR UMA PARTICIPAÇÃO POSITIVA DO NOSSO PAÍS NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO SUB-REGIONAL E REGIONAL;

 

Ø  GARANTIR A PERMANÊNCIA DE UM DIÁLOGO POLÍTICO COM OS NOSSOS PARCEIROS INTERNACIONAIS, DA CPLP, DA CEDEAO, DA UNIÃO AFRICANA, DA UNIÃO EUROPEIA E DAS NAÇÕES UNIDAS, COM BASE NAS RESPECTIVOS ROTEIROS;

 

Ø  ALCANÇAR UM PACTO DE REGIME QUE GARANTA DUAS LEGISLATURAS DE ESTABILIDADE POLÍTICA E SOCIAL SERÁ A PRIORIDADE DAS PRIORIDADES DO NOSSO PARTIDO.

CAROS CAMARADAS E COMPATRIOTAS!

SOMOS UM PARTIDO DE DESAFIOS. SEMPRE O FOMOS E CONTINUAREMOS A SÊ-LO!

NUNCA ESCONDI QUE TODAS AS AMBIÇÕES DA MINHA VIDA, QUER ENQUANTO EMPRESÁRIO, QUER ENQUANTO DEPUTADO DA NAÇÃO, QUER AINDA COMO DIRIGENTE DO PAIGC, TÊM TIDO COMO REFERENCIAL O NOSSO PAÍS E O QUE PENSO SER O MELHOR PARA TODOS NÓS. O MEU COMPROMISSO DE SEMPRE TEM SIDO COLOCAR A MINHA EXPERIÊNCIA, O MEU PATRIOTISMO, AS MINHAS FACULDADES, AO SERVIÇO DO PAIGC, DOS GUINEENSES E DA GUINÉ-BISSAU.

QUERO RELEMBRAR AQUILO QUE AMÍLCAR CABRAL DEFENDEU DE FORMA CLARA NO PRIMEIRO SEMINÁRIO QUE ORIENTOU PARA OS QUADROS POLÍTICOS DO PAIGC, AO AFIRMAR, CITO: …DEVEMOS PASSAR PARA FRENTE OS MELHORES FILHOS DA NOSSA TERRA E CADA DIA DEVEM FICAR PARA TRÁS, OS PIORES, AQUELES QUE NÃO PRESTAM. PORQUE O NOSSO TRABALHO É PREPARAR A NOSSA ENXADA, O NOSSO ARADO, O NOSSO MARTELO, COM OS QUAIS VAMOS CONSTRUIR O FUTURO DO NOSSO POVO, NA LIBERDADE, NO PROGRESSO E NA FELICIDADE. VAMOS MELHORAR CADA DIA O NOSSO PARTIDO, PORQUE QUANTO MELHOR O NOSSO PARTIDO ESTIVER, MAIS CERTEZA NÓS TEMOS DE CONSEGUIR AQUILO QUE QUEREMOS PARA O NOSSO POVO. POR ISSO MESMO, DEVEMOS FAZER COMO JÁ DISSEMOS, COM QUE O NOSSO PARTIDO SEJA CADA VEZ MAIS DAQUELES QUE SÃO CAPAZES DE O FAZER CADA VEZ MELHOR”, FIM DE CITAÇÃO. COM HUMILDADE E MODÉSTIA ACEITEMOS REVISITAR E APLICAR COM SABEDORIA ESTE PENSAMENTO DE CABRAL.

ANTES DE TERMINAR, APRAZ-ME DEIXAR BEM CLARO QUE, INDEPENDENTEMENTE DOS RESULTADOS QUE SAÍREM DO NOSSO VIII CONGRESSO ORDINÁRIO, OU SEJA, INDEPENDENTEMENTE DAS OPÇÕES DOS MILITANTES, CONTINUAREI INCESSANTEMENTE A TRABALHAR POR UM PAIGC CADA VEZ MAIS PAIGC E A CONTRIBUIR COM HONESTIDADE, TRANSPARÊNCIA E SENTIDO PATRIÓTICO COM O PROJECTO VENCEDOR, PARA O BEM DO NOSSO PARTIDO, DO NOSSO MARTIRIZADO POVO E DA NOSSA PÁTRIA AMADA, QUE ME VIU NASCER, CRESCER, SER HOMEM E A QUEM DEVO TUDO O QUE CONSEGUI SER NA VIDA.

VIVA O VIII CONGRESSO ORDINÁRIO DO PAIGC!

GLÓRIA ETERNA AO CAMARADA AMÍLCAR CABRAL E A TODOS OS HERÓIS E HEROÍNAS DA NOSSA GLORIOSA LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL!

VIVA OS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA!

VIVA O PAIGC!

VIVA A GUINÉ-BISSAU!

MUITO OBRIGADO!