Braima
Camará foi recebido de forma apoteótica em Bubaque, o primeiro dos oito pontos
escolhidos pela directoria da sua candidatura nesta sua programada visita à
Província Sul da Guiné-Bissau.
Homens,
mulheres e principalmente jovens exprimiram as suas esperanças no surgimento de
um novo PAIGC depois do seu VIII Congresso Ordinário aprazado para Cacheu,
aguardando todos eles, nas intervenções de boas vindas que proferiram, que
Braima Camará consiga fazer no PAIGC aquilo que fez enquanto Presidente da
Camara do Comercio, industria e Agricultura e muito principalmente o espirito
empreendedor que caracterizou a sua vida empresarial.
O porta-voz
dos jovens de Bubaque entregou uma prenda ao candidato Braima Camará,
constituída por uma espada e um escudo artesanal, explicando-lhe que ela tinha
um significado muito especial, ou seja, que Braima Camará abrisse caminho com a
espada e com o escudo cimentasse a unidade e a reconciliação no seio do PAIGC e
da própria sociedade guineense. Por seu turno, a representante das mulheres,
depois de brindarem o candidato à presidência do PAIGC com um pano de pente
bordado com o rosto de Amilcar Cabral, entregaram uma bandeira do partido, com
a qual lhe pediram que trabalhasse a favor da unidade e reconciliação
dentro do partido, porquanto a unidade do PAIGC significa estabilidade e
paz para a Guiné-Bissau.
A porta-voz
das mulhres sustentou ainda que as maiores esperanças dos militantes e
dirigentes do Partido no sul do país em ver Braima Camara como futuro
Presidente do PAIGC era o de o ver unir e reconciliar o partido, pois as atuais
divisões nao eram somente nefastas para o próprio partido, como também eram o
facto principal das sucessivas crises porque tem passar o país, principalmente
nos últimos anos.
Ao responder
a grande massa compacta que se postava perante ele, com todo o colorido das
suas vestes e marcadas pela exibição da rica cultura guineense, Braima Camara
proferiu um curto improviso onde agradeceu comovido a forma como foi recebido e
considerou o facto como um importante comprometimento pessoal para com as
justas esperanças das populações locais e considerou que assumir a liderança do
partido era uma grande responsabilidade e um dever inquestionável para com os
Combatentes da Liberdade da Pátria e para os guineenses, embora defendesse de
forma muito precisa que a sua visita se enquadrava numa campanha para a eleição
do Presidente do PAIGC, sendo portanto, diferente de uma campanha legislativa
ou presidencial, mas que tomaria boa nota das esperanças e dos desejos
expressos pelos jovens e mulheres para o futuro.
Braima
Camará considerou que a sua visita ao Sul do país se enquadrava numa tentativa
de auscultar as estruturas setoriais e regionais do Partido, privilegiando
nestes contactos as questões que dizem respeito a vida do PAIGC, sendo o
objetivo principal ouvir os militantes e dirigentes locais sobre as
dificuldades que o Partido enfrenta no seu dia-a-dia, sob o modo como queremos
organizar e modernizar o Partido, e ainda sobre a nossa visão para o futuro do
país.
Depois de
assistir, a pedido dos jovens locais a uma partida de futebol, o candidato
à liderança do PAIGC manteve uma reunião com as estruturas locais e regionais
do Partido, palco que serviu para Braima Camará explicar as razoes da sua
presença no Sul do país.
Para
Braima Camará, citamos, "a liderança que represento, enquanto candidato à
Presidente do PAIGC, considero que o respeito e dignificação das estruturas e
das lideranças locais e nacionais do Partido é o único caminho que pode
conduzir ao seu próprio fortalecimento".
Neste
âmbito, considerou que o Partido deve crescer e consolidar-se a partir do seu
interior, abrindo-se depois à sociedade e na linha da defesa deste princípio,
Braima Camará, comprometeu-se a respeitar as estruturas nacionais e locais do
Partido, privilegiando a sua auscultação prévia sempre que as decisões a tomar
sejam de importância estratégica para a vida do Partido.
Embora
estejamos convencidos que a nossa candidatura recolhe o apoio da grande maioria
dos Combatentes da Liberdade da Pátria, dos jovens, mulheres e homens do nosso
Partido, quero assegurar-vos que respeitarei os resultados que saírem do VIII
Congresso do PAIGC, desde que as eleições decorram de forma livre, justa e
transparente. Todos seremos poucos para cumprir os nobres objectivos que
pretendemos para o nosso país.
Para Braima
Camará, a força de um Partido resulta do grau de participação dos seus
militantes na reflexão e debate de ideias no interior do Partido e neste
contexto considerou que o debate deverá ser franco e aberto, sem tabus, e
respeitar as estruturas do Partido e que a própria força do Partido
resulta ainda da capacidade e da entrega dos militantes ao trabalho partidário,
no seio das estruturas do Partido e da sociedade.
O candidato
à liderança do PAIGC sustentou ainda que a tarefa da nova liderança que representa
terá como principal missão o reforço do diálogo político interno e o
aprofundamento do debate de ideias no seio do Partido e na sequência do seu
raciocínio, Braima Camará comprometeu-se a criar todas as condições de
liberdade para que o debate e a reflexão no interior do Partido não tenham
quaisquer condicionamentos.
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