Bissorã e Mansoa consideram a criação da Plataforma como um grave passo atras que pode comprometer irremediavelmente a luta que o PAIGC desenvolve para fazer retornar a Guiné-Bissau no caminho da constitucionalidade.
A
reunião de Bissorã depois de escutar as explicações tecnojuridicas sobre a
proposta de revisão que os mentores da Plataforma querem impor a viva força,
feitas pelo advogado Carlos Pinto Pereira, da Coordenação Política do Projecto
"por uma liderança democrática e inclusiva" e complementadas
pela intervenção política do camarada Oscar BARBOSA "Cancan", da CP
do BP do PAIGC e da Coordenação política do mesmo projecto, os responsáveis
sectoriais do Partido de Bissorã reagiram de forma bastante firme repudiando
esta manobra que consideraram, tal como disse muito explicitamente, Arafan
Seidi, Membro do Comité Central, Presidente da Comissão Política do Sector de
Bissorã e Deputado da Nação, "o PAIGC deu sempre provas irrefutáveis de
ser um partido organizado, maduro e legalista, mas o que estamos a registar
dá-nos uma ideia totalmente ao contrario e este cenário por mais que nos custe
aceitar, vem de gente com bastante história no seio do nosso Partido, situação
que leva a um desentendimento que pode conduzir a nossa própria destruição como
força política principal do nosso país".
Maio
Pereira, Pedro Caba Cissé, Tofna Insalá, Mamadi Seidi, Salifo Seidi, Luizinho
Paulo Teixeira, Nené António Mango e Malam Soncó, todos eles pertencentes a
Comissão Política Sectorial do PAIGC em Bissorã, exprimiram nas suas
intervenções duras criticas "aos que neste momento dirigem o nosso
Partido, a partirdes 12 de Abril a esta data, que estão comprometendo
seriamente o futuro do PAIGC com actuações e posicionamentos anti-estatutários
que estão conduzindo o Partido ao abismo, pois as divisões e a guerra
fratricida que se desenvolve no seu seio só levam a nossa autodestruição e com
esta situação dando espaço de manobra aos nossos adversários políticos".
As
intervenções proferidas em Bissorã foram igualmente marcadas pela duras
intervenções proferidas pelos camaradas Dembo Djité e João Sediba Sane, ambos
do Bureau Politico do PAIGC e ambos Deputados da Nação, que acusaram vários
mentores desta condenada Plataforma "de serem traidores e coniventes
com o golpe militar que arredou o nosso Partido do poder e que hoje
desesperadamente estão a todo o custo e utilizando métodos anti-estatutários
tentarem impor uma liderança caduca e ultrapassada somente para que possam dar
continuidade a sua desmedida ambição de se perpetuarem no poder para que possam
continuar com a sua vida luxuosa em detrimento dos superiores interesses do
povo guineense".
Em
Mansoa, a exemplo do que sucedeu no conjunto dos Sectores visitados por esta
equipa de esclarecimento criada pelo Projecto "por uma liderança
democrática e inclusiva" no sentido de alertar as estruturas do
Partido para os perigos que esta plataforma representa e para o qual se torna
necessário uma firme actuação dos militantes no sentido de a travar.
Os
camaradas João Sediba Sane, Dembo Djité e Malam Djassi, que tiveram
intervenções muito criticas sobre o comportamento arbitrário que alguns
dirigentes veteranos e com muita história dentro do PAIGC estão a querer impor
a revelia dos Estatutos vigentes, um Presidente do PAIGC fugindo de forma
irresponsável aos procedimentos estatutários, "alguns até proferindo
ameaças intoleráveis e incompreensíveis, pondo em período a unidade e a coesão
do próprio Partido".(x)
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