Os militantes destes dois bastiões do PAIGC no norte da Guiné-Bissau criticaram de forma muito dura os mentores da Plataforma e da forma como querem impor um novo Presidente do PAIGC e nas reuniões de esclarecimento e sensibilização desencadeada por iniciativa do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" depois das explicações iniciais sobre as graves violações estatutárias que a proposta dos veteranos contem, "inaceitáveis vindas de dirigentes que pela sua história e maturidade, deviam constituir-se em exemplos positivos".
Os responsáveis pelas estruturas a vários níveis destes dois sectores, consideraram que o surgimento desta Plataforma, "como uma grave e inaceitável contribuição para aumentar a divisão e a crise interna que abala o PAIGC" e defenderam a necessidade urgente da convocação da seniores dos órgãos estatutários "como condição única onde uma solução justa, correcta, transparente e de acordo com os superiores interesses do PAIGC será encontrada e destinada a salvar o Partido Libertador de entrar em rota de colisão com a sua própria história".
Ainda e a propósito da resistência que algum sector da actual direcção do Partido demonstra em não convocar a reunião dos órgãos, uma grande maioria de intervenientes entendem que "não havendo um fórum ideal e estatutário para se discutir a vida interna do partido e de aí se procurarem as melhores e mais consentâneas soluções para tirar o PAIGC deste impasse, dá-se ligarão surgimento de uma intolerável ditadura, que só ajudará para aprofundar acida mais esta crise".
Para uma esmagadora maioria dos intervenientes nas reuniões de FARIM e Mansabá, defendem que "a existência de varias candidaturas não sendo crime, nem violador dos Estatutos do PAIGC, é uma clara demonstração da existência do exercício de uma verdadeira democracia interna no seio do nosso Partido e que só as urnas poderão e deverão ser árbitros na escolha do próximo Presidente do PAIGC, sendo portanto de condenar e repudiar categoricamente a Plataforma, que consideraram como uma estratégia conducente a implantação dos métodos e espirito de partido único".
Farim e Mansabá registaram intervenções onde se comprovam de forma evidente a elevada consciência política dos membros das estruturas regionais, sectoriais e locais do partido, ao ponto de consideram "os ontem lutaram pela liberdade, hoje estejam a combater a democracia" e de também expressarem as suas preocupações pelo rumo que os veteranos estão tentando levar o PAIGC "que não sendo travado a tempo e horas poderá ser um verdadeiro descalabro".
Para intervenientes em Farim e Mansaba "o PAIGC tem que se precaver para que esta situação insustentável criada incompreensivelmente por dirigentes de que se esperava tudo menos este tipo de comportamento, não afunde ainda mais o Partido dos Combatentes, num momento em que os partidos adversários estão aprendendo com os erros do PAIGC e a armar-se com novas e consistentes estratégias para nos travar".
Uma grande maioria de intervenientes consideraram "o surgimento da Plataforma como um meio destinado somente para travar a candidatura de Braima Camará" com consequências ainda para "travar a democracia interna e o debate de ideias" de há muito consideradas como os factores de fortalecimento e das grandes vitorias do PAIGC.
Outro registo importante das reuniões separadas de Farim e Mansabá foi o facto de muitos dirigentes do Partido terem declarado de forma muito clara "que eles não eram nem pau mandado, nem meninos de recado" e que a decisão de cada um "escolher de forma livre e independentemente seu candidato" era da sua inteira responsabilidade "e não dos mentores de uma Plataforma que só veio para dividir ainda mais o PAIGC".
As reuniões de Farim e de Mansabá também confirmaram que a candidatura apoiada pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" é esmagadoramente apoiada pelos militantes e dirigentes locais e vezes sem conta o nome de Braima Camará foi associado como uma "solução capaz de restituir ao PAIGC unidade, coesão, credibilidade, modernização e vitoria nas eleições legislativas" e paralelamente os mentores da Plataforma foram criticados e considerados "como responsáveis pela actual situação de desunião, divisão, Indisciplina que levam o PAIGC a uma já esperada autodestruição".
Em suma, Farim e Mansabá confirmaram de forma inequívoca que a Plataforma não só passará, como será alvo de um duro ataque e critica por parte dos dirigentes destes dois Sectores na próxima reunião dos Órgãos estatutários que cometida acertada ocorrerão muito brevemente.
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