O Núcleo de
Apoio à candidatura de Braima Camará na Diáspora – Europa (NACBC) à liderança
do PAIGC reage à criação da "Plataforma
do PAIGC para a Unidade e Coesão Interna do Partido" repudiando com veemência qualquer
tentativa de atropelo às normas estatutárias e qualquer comportamento que não
dignifique o espírito do partido, pondo em causa todos os esforços que têm sido
levados a cabo nos últimos tempos tendentes a preparar o partido para os
grandes desafios que se avizinham (eleições presidenciais e legislativas
marcadas para o dia 24 de Novembro próximo).
No passado dia 29 de Junho do corrente
foi assinado na sede do Partido o documento constitutivo da "Plataforma
do PAIGC para a Unidade e Coesão Interna do Partido" para
concorrer ao VIII congresso do Partido.
Através de comunicado de imprensa, o
projecto ”Por uma liderança democrática e inclusiva”, reagiu denunciando
o que considera ser um grave precedente na vida interna do partido, repudiando
toda e qualquer tentativa de condicionar a realização do congresso e as
estratégias de cada um dos candidatos à liderança do partido e exigindo por
isso o estrito cumprimento das regras
previstas nos Estatutos em vigor, aprovados em Gabú no VII Congresso Ordinário,
porquanto o PAIGC deve ser exemplo de vitalidade democrática e de cumprimento
de todas as regras de uma sã convivência democrática na Guine Bissau.
A posição do Projecto “Por
uma Liderança Democrática e Inclusiva” é que o “VIII Congresso não deve debruçar-se sobre a questão da revisão dos
Estatutos do Partido, por não ser este o momento adequado para um tal esforço
de reorganização.
Contudo, admitindo que a revisão venha a ser feita, em resultado
de compromissos entre as diferentes candidaturas, então a revisão deve
respeitar a estrutura e o actual modelo de organização, sobretudo no que se
refere à Liderança do Partido, hoje concentrada no Presidente do Partido, o
qual é o cabeça de lista e o candidato do Partido ao cargo de Primeiro-Ministro
em caso de vitória eleitoral, bem como as preocupações de transparência dos
processos eleitorais para a escolha dos dirigentes do Partido.”
Na sequência disso, reuniu-se no
passado dia 06 de Julho em Lisboa, o
Núcleo de Apoio à candidatura de Braima Camará na Diáspora – Europa (NACBC) à
liderança do PAIGC com o intuito de debater as questões atrás referidas e a
sucessão de acontecimentos que tem marcado a vida interna do nosso glorioso
partido.
Neste sentido, reiteramos o nosso apoio
à posição do nosso projecto no que tange a criação desta plataforma e por isso
defendemos o respeito pelos princípios democráticos que devem nortear a
actuação de qualquer candidatura à liderança do PAIGC. Por outro lado,
repudiamos com veemência qualquer tentativa de atropelo às normas estatutárias
e qualquer comportamento que não dignifique o espírito do partido, pondo em
causa todos os esforços que têm sido levados a cabo nos últimos tempos
tendentes a preparar o partido para os grandes desafios que se avizinham
(eleições presidenciais e legislativas marcadas para o dia 24 de Novembro
próximo).
Ademais, tal acto consubstancia e testemunha
claramente o reconhecimento de que nenhum dos pretensos candidatos à liderança
do partido que subscreveu a Plataforma, reunia e reúne individualmente,
condições para apresentar no VIII Congresso Ordinário, um projecto de sociedade
e uma moção de estratégia capaz de obter adesão dos militantes e delegados ao
congresso do Partido.
Os presentes alertaram para a necessidade
imperiosa de instauração de um clima de diálogo permanente e de respeito mútuo
entre as diversas candidaturas à liderança do partido na busca de soluções
duradoiras e consentâneas com a grandeza do partido que deve demonstrar estar á
altura de sensibilizar e unir o nosso povo em torno dos ideais do progresso e
desenvolvimento, cumprindo assim o “programa maior” idealizado pelo nosso
saudoso líder Amílcar Cabral.
Analisando em pormenor todas as
alterações propostas aos Estatutos, concluímos que estamos perante um novo
ciclo de atropelos, dos que marcaram os 40 anos da nossa Independência e cujas
consequências lançaram o nosso País na labareda infernal da miséria absoluta
(Parece que só ficamos bem na fotografia quando não fazemos nada, porque cada
passo nosso simboliza desgraça e calamidade para o nosso País e sofrimento para
o nosso Povo).
Quem podia imaginar que um grupo
de jovens que se dizem intelectuais e modernos, evidenciando uma gritante
incapacidade de assumir e gerir um projecto desta envergadura, se meteu nele,
para depois chegar ao extremo de, em nome dos seus interesses pessoais, ir à
reboque, ou mesmo deixar-se levar ao colo por veteranos que deviam estar neste
momento a desfrutar do seu passado de glória, enquanto arquitectos da nossa
autodeterminação e independência? Entretanto, estamos a falar da Guiné-Bissau,
onde tudo é possível, inclusive ISTO, que estamos a assistir.
Será assim tão difícil prever as
consequências de toda esta manipulação ridícula e vergonhosa?
Será que não é possível Unir o
Partido e torná-lo mais Coeso, com base num entendimento alargado entre os
candidatos jovens?
Será que é assim tão difícil aos
candidatos politicamente menos cotados reconhecerem as suas limitações e
atribuírem o seu apoio aos mais capacitados e melhor implantados nas Estruturas
do Partido, contribuindo desta forma para assegurar a modernidade do Partido e
fortalecer os princípios da Democracia Interna, imprescindível á eficácia do
seu funcionamento?
Para responder á estas e outras
questões que se prendem com as movimentações à volta do Eng.º Carlos Correia,
começamos por reconhecer que, abdicando a favor de um respeitável veterano do
Partido, conseguimos melhor justificar a nossa incapacidade de continuar na
corrida e ao mesmo tempo salvaguardar os nossos interesses pessoais.
Entretanto, o aspecto mais perigoso e categoricamente inaceitável desta
combinação é, sem dúvidas, a reles tentativa de ajustar os Estatutos do Partido
às conveniências desta plataforma, que reconhecemos o direito de existir, mas
sem retirar esse mesmo direito às outras candidaturas (um Direito que assiste à
todos os militantes e devidamente consagrado nos Estatutos do PAIGC).
A nossa posição face a tudo isto
é a seguinte: realizar o Congresso com base nos Estatutos vigentes e
posteriormente reunir um Congresso Extraordinário para analisar e resolver os
problemas de fundo que afectam o bom funcionamento das Estruturas do Partido.
Aproveitamos esta oportunidade
única para reiterar o nosso apoio total e incondicional ao nosso candidato à
Presidência do PAIGC no Próximo Congresso, camarada BRAIMA CAMARÁ e agradecer
os apoios que nos têm sido manifestados, tanto dentro do País, como por esse
Mundo fora, por todos aqueles que acreditam que o futuro do PAIGC passa pela sua
democratização, com base na observância rigorosa das normas Estatutárias.
NOTA DE RODAPÉ: Lastimamos profundamente o facto de uma
personalidade tão iminente e tão respeitável como o Eng.º Carlos Correia, se
envolver directamente nesta atrapalhada, depois de ter dedicado toda a vida a servir
exemplar e dignamente o nosso PAIGC e a nossa Guiné-Bissau (é preciso falarmos
com o nosso ancião, antes que seja tarde demais).
O Núcleo de Apoio à candidatura de Braima Camará na Diáspora –
Europa (NACBC) à liderança do PAIGC regista com agrado e satisfação a
postura responsável e ponderada que a liderança do Projecto “Por
uma Liderança Democrática e Inclusiva” tem tido na gestão deste
complexo dossier e encoraja-a a manter-se firme e intransigente na defesa dos
valores que servem de fundamento deste que é o Projecto da Mudança Positiva e
da Esperança na construção de uma Guiné cada vez melhor.
Viva a Guiné-Bissau!
Viva o nosso Povo!
Viva o PAIGC!
NESTE PROJECTO HÁ ESPAÇO PARA TODOS, PORQUE É INCLUSIVO!
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Contactos da
coordenação do Núcleo:
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Telemóvel:
964278747, 964032011 (MOCHE); 920033128,
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E-mail: nacbc.diasporaeuropa@gmail.com
Lisboa, 07 de
Julho de 2013
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NÚCLEO DE
APOIO Á CANDIDATURA DE BRAIMA CAMARÁ (NACBC) à liderança do PAIGC na Diáspora –
Europa
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