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quarta-feira, 31 de julho de 2013

NHACRA repudia categoricamente a ideia da Plataforma



NHACRA repudia ca-tegoricamente a ideia da Plataforma

A reunião realizada em NHACRA, veio reconfirmar a tendência registada em outras reuniões similares levadas a cabo pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" que apoia a eleição de Braima Camará à Presidência do PAIGC, para esclarecer as estruturas regionais, sectoriais e locais, bem como os dirigentes e militantes que aí vivem dos perigos e da inoportunidade do surgimento da chamada Plataforma, e que foram já realizadas em Catió, Empada, Fulacunda, Buba, Cacine, Quebo, Xitole, Bambadinca, Caió, Cantchungo, Cacheu, Ingoré e São Domingos.
 
Com efeito, os dirigentes e os responsáveis locais do PAIGC do Sector de Nhacra manifestaram- se quase por unanimidade sobre os perigos que representam para o futuro do Partido o surgimento desta Plataforma e que consideram como uma desesperada tábua de salvação encontrada por alguns veteranos e alguns dirigentes jovens imbuídos de uma doentia e perigosa ambição, que poderá conduzir a uma crise sem pendentes na vida interna do Partido Libertador.
 
Para o camarada Alberto Carlos, "os mentores desta chamada Plataforma deviam seguir o exemplo dado pelos veteranos do PAICV em Cabo Verde, que deixaram lugar para os mais novos, com os excelentes resultados que aí adviram, pois estão já a cumprir de forma consecutiva e firme o seu terceiro mandato de quatro anos consecutivos".
 
Por seu turno, tanto Madi Seidi, como Sanabá Djassi e Alfredo Iofá, sustentam que "a estratégia preconizada pelos veteranos em redor desta Plataforma, pode conduzir o PAIGC a uma situação de crise profunda e paralelamente origina situações dúbias e a médio e longo termo conduzirão para o surgimento de crises, porque na estratégia que os mentores desta ideia, um Primeiro-Ministro deverá ser votado no Comité avental sob proposta do Presidente do Partido, ou seja, será uma minoria em vez da maioria quem elegerá o Chefe do Executivo".
 
Se para a Auá Djalo "as divisões internas do PAIGC são sinónimos de fome e de desgraças e para combatermos esta doença a nossa aposta deve ser uma mudança radical e a nossa aposta e o nosso conselho é no sentido de abraçarmos a candidatura de Braima Camara, porqueira além de jovem, é um homem que demonstrou ter capacidade e coragem, daí que apostemos nos veteranos como Conselheiros dos jovens", para Henrique Iaia Fati, "a Plataforma não é somente um clube de velhos, mas sim também um clube de confusionistas e oportunistas".
 
Serifo Djalo e Serifo Mané consideraram "que a actual direcção do partido entrou em regime de caducidade" e defenderam que a criação de uma Plataforma no presente momento era não somente contraprocedente como igualmente uma solução irrealista, "já que isso só servia para acentuar as contradições internas no seio do Partido, num momento em que se impunha unidade e coesão".
 
O camarada João Sediba Sane, membro do BP do PAIGC e da Coordenação Provincial do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" no uso da palavra teceu duras criticas "pela forma anti-estatutária e irresponsável como o PAIGC tem sido gerido, havendo motivos sérios para que o Conselho Nacional de Jurisdição interviesse para por cobro a estes desmandos, porque o que verificamos na pratica há uma gestão do partido feita por pequeno grupo de veteranos, que estatutariamente não são nem órgãos nem direcção, pois os únicos órgãos que os nossos Estatutos reconhecem é o Presidente, o Bureau Político e o Comité Central, mas infelizmente vemos com apreensão e até certa revolta os próprios membros proeminentes do CNJ a corroborarem com estes desmandos, o que é absolutamente inaceitável  e põe em perigo a própria existência legal do PAIGC".
 
Para João Sediba Sane, "há outros motivos de revolta e de incredulidade, pois estamos a ver dirigentes que não só apoiarem o golpe que contribuiu para retirarão PAIGC do seu poder que conquistou de forma legitima, como até tiveram o desplante de publicamente susteriam que o 12 de Abril veio tarde para travar o PAIGC e que foram alvos de viva condenação desta actual direcção direcção provisória da qual passaram a ser conselheiros super escutados, o que é absolutamente vergonhoso e inaceitável para qualquer militante consciente".
 
Óscar Barbosa "Cancan" na sua intervenção e após atacar de forma dura a Plataforma "por ser uma estratégia criada somente como uma tentativa desesperada de travar Braima Camara, um candidato em crescendo continuo e que tem merecido o apoio de varias quadrantes da vida do partido a todos os níveis" centraria a sua intervenção na denuncia "das posições que a actual direcção do Partido em ameaçar expulsar todos os funcionários do Partido que optem em apoiar de forma livre outro candidato que não seja o imposto pela Plataforma, o que é não somente ilegal e inaceitável, como sendo uma intolerável arbitrariedade vindo de quem está de facto aflito e desesperado".
 
"Estão brandindo ameaças até contra os Deputados da Nação de que a prosseguirem o seu apoio a outras candidaturas que não a imposta pelos veteranos, não farão parte das próximas listas que o PAIGC vai elaborar para o preenchimento dos candidatos no conjunto dos 29 Círculos Eleitorais existentes" afirmaria Cancan, para logo prosseguir declarando "isto é absolutamente absurdo, como é demonstrativo do estado de desespero total dos mentores desta Plataforma já um nado-morto, que tem sido alvo de um repudio geral, por parte de quase todas as estruturas regionais, sectoriais e locais convocadas para abraçarem esta estratégia".

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