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quarta-feira, 31 de julho de 2013
Cacheu diz não à Plataforma e aos seus mentores
"Se continuarmos com esta estratégia de divisão, mais acentuada com esta postura inaceitável desencadeada pelos veteranos que a todo o custo querem manter os seus privilégios, estaremos a dar de forma irresponsável trunfos aos nossos adversários políticos e a hipotecar o futuro de uma esmagadora maioria de guineenses" defendeu Joãozinho Noroni, para logo acrescentar na sua aplaudida intervenção realizada perante as estruturas sectoriais do PAIGC no Sector de Cacheu, "o nosso Partido tem responsabilidades acrescidas e se repararmos bem, os problemas que este nosso país enfrenta são fruto e consequência dos nossos desentendimentos, daí repudiarmos convictamente o surgimento desta Plataforma que só vai contribuir ainda mais a situação do PAIGC".
A maioria das intervenções, nomeadamente proferidas pelos camaradas, que reportamos para melhor compreensao dos nossos leitores:
Arafan Camará:
- há que criticar a postura assumida pelos veteranos, imbuídos de egoísmo, de ambição extrema e de escamotear o verdadeiro sentido do papel e do sentido democrático do PAIGC, razao pela qual apelamos que os órgãos sejam convocados pêra debater os problemas internos que estão namorada serem resolvidos,pois temos desafios importantes para enfrentar;
António Monteiro:
- o PAIGC está a fugir da sua responsabilidade de proteger o nosso povo;
- os veteranos querem morrer no poder e por isso estão a fazer tudo para dificultar entrada de novos dirigentes e de novos militantes;
- se de facto estes veteranos que se gabam de ter trabalhado estreitamente com Amilcar Cabral, então hoje podemos afirmar sem medo de errar que o seu comportamento é absolutamente contrario e diferente do pensamento do Fundador da nossa Nacionalidade;
- os veteranos com a sua postura de imposições de guerra no seio do PAIGC, está a fazer com que o PRS cresça a nossa custa;
Admir Baticã Ferreira:
- Esta campanha de sensibilização e de esclarecimento desencadeada pelo projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" tem um valor incalculável pela sua oportunidade;
- pensamos que na democracia não há lugar para imposições e por isso devemos ir para o Congresso, dando oportunidade a todos os candidatos, pois será Só a partir do voo livre e responsável que o novo Presidente do PAIGC será escolhido;
- entendemos que a revisão deve rever para melhor e não para pior e a proposta que foi assumida pela Plataforma está muito aquém do que o nosso Partido aspira, pois ela é sinónimo de divisão e de guerra;
Para o camarada Anssumane Fandy, "esta Plataforma está fechando as oportunidades aos jovens, mas está dando espaço ao oportunismo, isto não pode ser admitido nem aceite pelos militantes conscientes que lutam para salvar e dignificar o nosso grande Partido".
Entretanto, uma intervenção prendeu a atenção dos presentes, quando a camarada Ana Paula Pereira disse que tinha "chegado a hora das mulheres dizerem basta a este jogo de cintura que em nada, absolutamente nada ajudará o Partido a reconquistar a sua unidade e coesão internas, tão necessárias quanto urgente, perante a necessidade de se por termo a esta onda gravíssima de desgovernação que está a conduzir o país em direcção ao caos, num processo onde as mulheres guineenses são as mais afectadas e as que mais sofrem".
Para outra interveniente muito escutada e respeitada, a camarada Palmira Amélia Cabral, responsável da UDEMU e membro do Comité Central do PAIGC, "o actual momento exige de todos os que amam e respeitam o PAIGC ponderação, sangue frio e espirito de sacrifício, para que em plena consciência façamos ver aos nossos históricos veteranos que a ideia deles em salvar o Partido, pode conduzir a uma situação de insustentabildade interna para o PAIGC, pois o que pretendem, talvez até movidos de boa intenção e de boa fé, pode vir a ser como diz um velho ditado - a emenda pode ser pior que o soneto -, isto é, devemos dizer-lhes que a via por eles escolhida colide de forma frontal com os fundamentos da própria democracia, pois tentar impor algo hoje em dia, é ao difícil como obrigar alguém a beber fel em vez de agua".
Para o Presidente da Comissão Política do Sector de Cacheu, camarada Cipriano Sá, "a ideia da Plataforma peca por ser tardia e duvido mesmo se ela fosse apresentada atempadamente, se passaria, pois hoje em dia, impor em democracia é como algo de inaceitável e intolerável porque fere o principio da livre escolha", para mais a frente afirmar, "os veteranos convocaram uma reuniao com os responsáveis regionais e sectoriais do Partido da Região de Cacheu para Bula, penso que aí chegarão a conclusão de que não vale a pena avançarem com esta estratégia, que só vai, ao nosso ver, acentuar ainda mais a actual crise porque passa o PAIGC e a nossa vontade, enquanto militantes e dirigentes do Partido, é unir e fortalecer o PAIGC e dota-lo de capacidade para que possa reconquistar o poder que lhe foi usurpado nas próximas eleições gerais que se avizinham e para tal o tempo urge e torna-se por isso necessário que sejam convocadas as reuniões dos órgãos estatutários e de se marcar a data para a realização do nosso VIII Congresso Ordinário".
A exemplo do que tem sucedido em reuniões do mesmo género e com os mesmos objectivos, o camarada Oscar Barbosa "Cancan" respondeu a todas as questões, esclareceu as duvidas e no final agradeceu as contribuições recebidas, tendo dito em conclusão, citamos, "esta troca de informações foi tão útil que nos permite concluir que a vossa posição só vai ajudar a salvar o PAIGC de mais uma grande crise, cujas consequências poderiam ser nefastas se esta ideia e os objectivos recopiados pelos mentores da Plataforma fossem por diante, felizmente estou convencido que ela será chumbada de forma categórica", disse a terminar este membro da Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC e da Coordenação Nacional de Apoio à Candidatura de Braima Camará a Presidência do PAIGC apoiado pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva". (x)
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