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terça-feira, 23 de julho de 2013

A maior parte dos intervenientes na reunião ocorrida em Bula, foram contundentes em acusar os mentores da Plataforma, que consideraram como sendo um probl‏ema de ambição pessoal

A maior parte dos intervenientes na reunião ocorrida em Bula, foram contundentes em acusar os mentores da Plataforma, que consideraram como sendo um problema de ambição pessoal e contrários aos princípios do PAIGC e com profundas implicações negativas para o futuro do Partido.   "Ao pretenderem à viva força impor um novo Estatuto, desenhado para satisfazer um  grupo de veteranos, alguns dentre eles, até traidores, que recentemente estiveram inclusive a apoiar um golpe que derrubou o próprio Partido do poder, só pode haver uma resposta a estas manobras que não mais visam do que a própria autodestruição do PAIGC, firmeza dos militantes e repudiar com energia e patriotismo estes planos diabólicos" afirmaria Guilherme Dantas, um destacado membro da direcção do Partido e do CONQUATSA.

Saído Baldé em nome da Coordenação Sectorial da JAAC, afirmaria que os Estatutos que os veteranos querem impor não passará, "porque a juventude guineense, já escolheu um projecto que defende os jovens e já apostou num homem como Braima Camará, que já demonstrou ter capacidade e inteligência para assumir os comandos do PAIGC". Este mesmo responsável da juventude local, disse ainda que "os adversários do projecto - por uma liderança democrática e inclusiva - aproveitam todas as oportunidades para lançarem farpas contra Braima Camará, isso para nós jovens tem um significado - só os derrotados insultam ou lançam boatos - os que vencem só olham para a frente e só pensam no seu programa e na confiança que nutrem pelo povo e pela simpatia que o povo também nutre por eles".

Outro interveniente muito aplaudido pela assistência que enchíamos completo a sala de reuniões de Bula, foi o jovem Nelson Costa que entre outras afirmações diria, citamos, "sentimos envolta quando vemos um grupo de dirigentes que deviam ser o nosso espelho e o nosso orgulho, estarem eles próprios a banalizarem o PAIGC, significando isso que eles só querem servir-se do Partido e não servir o Partido, pois como jovem, em vez de ver bons exemplos estou somente vendo - tafal-tafal -, isto num momento em que o PAIGC recusa de se unir e se tornar mais coeso, porque enquanto estes veteranos nos complicam a vida, outras formações políticas estão-se Armando e bem como novas estratégias para tentarem derrotar o nosso partido nas legislativas próximas, daí que não possamos estar de acordo com os veteranos ambiciosos, ladeais por alguns jovens oportunistas e sem peso no seio do nosso PAIGC, porque nenhum deles tem gás nem Prestigio para poderem sozinhos alcançar ou conquistar seja o que for, por isso mesmo estão colados aos veteranos tentando a todo o custo assegurar um lugar ao sol, mas podem ter eles uma certeza, vão ser derrotados e esmagados".

Aissatu Conté disse isto simplesmente, "reinança ka ta dujundadu...i dependi di povu" (o poder não se conquista pela via da força, mas sim da vontade do povo) e mandar também depende do tempo e neste aspecto os veteranos que inventaram esta Plataorma da desunião só pensam neles e não nos interesses do Partido e por isso mesmo chegou a hora de gritarmos BASTA!, pois estamos em pleno século XXI e o tempo do "eu quero, eu posso e mando" está fora de moda, porque na época da democracia é a vontade de maioria que prevalece".

Mamadi Embaló considerou que o "PAIGC está doente e a sua doença está na sua cabeça, porque a sua actual direcção provisória não está a ver o que todo o mundo vê, ou seja, existe um plano bem urdido de destruição do PAIGC para o afastar do poder e a nossa sorte enquanto militantes deste partido é continuarmos a ter o povo do nosso lado, de contrario o nosso lugar seria sempre na oposição" para logo adiantar que "desde que Nino Vieira deixou de mandar no partido este ficou sem rumo, sem um verdadeiro líder, havendo hoje necessidade de se encontrar um líder entre as camadas mais jovens não comprometidas com as guerras surdas do passado entre os que vieram das matas".

Para Djai Candé "fala-se muito das reformas ao nível das forças de defesa e segurança, quando também o próprio PAIGC precisa igualmente de uma profunda reforma, pois de contrario não estaríamos hoje fora do poder, com a agravante de estarmos relegados a esta situação por interferência directa de alguns membros proeminentes do PAIGC, esquecendo-se eles mesmos, que quando o PAIGC está fora do poder isso significa mais fome, mais pobreza, mais escuridão, menos escolas e saúde, mais banditismo, mais incompetência".

A sala estremeceu quando Serafim Semedo afirmou, citamos, "os que hoje defendem a estratégia de que só os veteranos são solução para tirar o PAIGC da situação onde se encontra, então o melhor teria sido não matarem Amilcar Cabral, para que ele continuasse ainda hoje a dirigir o PAIGC, mas nunca eles, porque estes actuais veteranos que ao longo de quase meio século a frente do Partido já deram o que tinham a dar e numa grande maioria das vezes, figuras de primeiro plano no partido e no governo sempre se mostraram medíocres e não seria agora em idade de reforma é que conseguiriam resolver os problemas do país e do próprio PAIGC".

Após as respostas dadas pelo camarada Cancan as perguntas colocadas pelos participantes, falaria a camarada Isabel Buscardini, membro do Bureau Politico, Segunda Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular e da Coordenação Política do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva", para tecer algumas duras criticas aos veteranos "que de forma inconsciente e irresponsável estão dando uma péssima contribuição para a destruição do Partido", para logo continuar afirmando "felizmente uma esmagadora maioria dos Combatentes da Liberdade da Pátria não se revê nesta Plataforma, antes pelo contrario, repudiam-na porque a consideram como uma estratégia oportunista e ambicionista, sem terem em devida conta o momento em que o PAIGC vive, principalmente depois do 12 de Abril".

"Hoje vemos de novo no Partido, gente que pelo seu passado de luta deviam cultivar respeitabilidade, estão a semear de novo a confusão com total descaramento e sentido de responsabilidade, sem se lembrarem que ainda bem recentemente apoiaram os adversários do nosso Partido nos acontecimentos do 12 de Abril, que afastou o PAIGC do poder e quase o destruíram, não o conseguindo porque alguns verdadeiros militantes ousaram dar corpo ao manifesto lutando com coragem e sentido militante para que o nosso Partido não caísse, reerguendo-o de forma lenta mas corajosa, para que hoje fosse possível dar aos guineenses a grande oportunidade de um retorno à constitucionalidade" afirmaria ainda Isabel Buscardini, para concluir "eis a razão pela qual não deixaremos passar a Plataforma, porque queremos cimentar a unidade e a coesão do nosso Partido e dar de novo ao PAIGC a possibilidade de reconquistar o poder e assim salvar o povo guineense, uma vez mais, da miséria e da pobreza".

O camarada Marciano Silva Barbeiro encerrou este encontro de Bula apelando ao cerrar das fileiras "para salvarmos o PAIGC, porque um grupo de veteranos e de jovens ávidos de poder e de um condenável oportunismo, estão tentando à custa da sua desmesurada ambição hipotecar o nosso grande Partido, daí que o nosso apelo seja no sentido de cerramos as fileiras e não deixarmos passar os que querem destruir a maravilhosa história escrita por grandes e heróicos Combatentes da Liberdade do Povo".

Para Marciano Silva Barbeiro, membro do Bureau Político e do Secretariado Nacional do PAIGC e igualmente o principal Coordenador do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva", o momento actual em que o país vive e muito em especial o PAIGC, "impõe-nos o dever de  lutar contra os que querem banalizar o nosso Partido, isto porque banalizar o PAIGC, não é banalizar os jovens e as suas legitimas esperanças a um futuro melhor, mas sim, é banalizar o nosso povo e os Combatentes da Liberdade da Pátria e isso jamais permitiremos e por isso estamos aqui para denunciar estas manobras divisionistas e perigosas que estão sendo desencadeadas por dirigentes que pelo seu passado, hoje não deviam ter este tipo de comportamento". (x)

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