Cacine, Quebo,
Xitole e Bambadinca estão contra a criação e imposição da Plata-forma do PAIGC
para a Unidade e Coesão Interna do Partido.
Em
todas estas localidades, as estruturas do Partido condenaram de forma explícita
e duramente o surgimento da Plataforma, considerando esta como mais um factor
para acentuar a desunião no seio do PAIGC.
A
missão do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" no sul
do país foi igualmente unânime em considerar que a criação desta Plataforma
consubstancia e testemunha claramente o reconhecimento de que nenhum dos
pretensos candidatos à liderança do partido que subscreveu a Plataforma, reúne
individualmente, condições para apresentar no VIII Congresso Ordinário, um
projecto de sociedade e uma moção de estratégia capaz de obter adesão dos
militantes e delegados ao congresso do Partido.
Os
participantes na sua esmagadora maioria presentes nas reuniões de Cacine, Quebo, Xitole e Bambadinca estão nao só contra a criação e imposição da
Plataforma do PAIGC para a Unidade e Coesão Interna do Partido como alertaram
para a necessidade imperiosa de instauração de um clima de diálogo permanente e
de respeito mútuo entre as diversas candidaturas à liderança do partido na
busca de soluções duradoiras e consentâneas com a grandeza do partido que deve
demonstrar estar á altura de sensibilizar e unir o nosso povo em torno dos
ideais do progresso e desenvolvimento, cumprindo assim o “programa maior”
idealizado pelo nosso saudoso líder Amílcar Cabral.
Analisando
em pormenor todas as alterações propostas aos Estatutos, os diferentes
intervenientes em Cacine, Quebo, Xitole e Bambadinca demonstraram a sua
revolta, tal como o Régulo de Cacine, Dgibi Camará, militante e filho de
Combatente da Liberdade da Pátria, que disse taxativamente "que o poder
não se conquista pela força, mas sim através de um processo democrático limpo e
transparente, daí que Cacine não aceita entrar neste jogo, porque não apoiam
seja quem for, mesmo que tenha história no PAIGC, desde que perfile pela opção
golpista".
Em
Cacine as intervenções de Fini Keita da UDEMU, Mutaro Candé, Mamadu Camara,
foram muito explicitas, quando disseram que a salvação do Partido "está só
na verdade" e todos são unânimes quando falam da "lealdade de Cacine
para com o PAIGC", para igualmente afirmarem "se em cada Sector do
nosso país Fosse colocada uma urna para eleger o Presidente do PAIGC, estão
seria Braima Camara o escolhido".
Por seu
turno em Quebo, como em Xitole e Bambadinca a preocupação de todos era a data
da realização do VIII Congresso Ordinário e atribuíram as responsabilidades da
sua inda não realização a actual Equipa de Veteranos "apostada em
manter-se teimosamente no poder, quando não compreendem que estão a arrastar o
Partido para uma situação de grande conflito".
As
intervenções de Mamadu Baldé, Ussumane Baldé, Braima Sory Djaló, Amadú Seco
Djaló, Assiatu Djaló e Tidjane Indjai (Quebo) e as de Adulai Balde, Mariama
Djamé, Almami Fati, Mamadi Mané, Malam Fati, Salimatu Baldé e de Garcia Maiaba
Sanca (Xitole e Bambadinca) todos eles de forte condenação à Plataforma e de
inequívoco apoio ao Projecto "por
uma liderança Democrática e Inclusiva", justo é concluirmos que todos
eles sustentam que "estamos perante
um novo ciclo de atropelos, dos que marcaram os 40 anos da nossa Independência
e cujas consequências lançaram o nosso País na labareda infernal da miséria
absoluta" ouçamos diria alguém "parece que só ficamos bem na fotografia quando não fazemos nada, porque
cada passo nosso simboliza desgraça e calamidade para o nosso País e sofrimento
para o nosso Povo".
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