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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Buba e Fulacunda firmes na condenação da Plataforma do PAIGC para a Unidade e Coesão Interna do Partido


A missão de esclarecimento levada a cabo pelo Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva" depois de Catió e Empada, manteve reuniões com as estruturas do PAIGC em Buba e Fulacunda, locais onde foram registados uma vez mais, uma total adesão ao projecto que apoia Braima Camará à Presidência do PAIGC, porque no Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva" HÁ ESPAÇO PARA TODOS, PORQUE É INCLUSIVO!
A missão do projecto ”Por uma liderança democrática e inclusiva”, tem vindo a explicar e denunciar o surgimento da dita Plataforma, que considera ser um grave precedente na vida interna do partido, repudiando toda e qualquer tentativa de condicionar a realização do congresso e as estratégias de cada um dos candidatos à liderança do partido e exigindo por isso o estrito cumprimento das regras previstas nos Estatutos em vigor, aprovados em Gabú no VII Congresso Ordinário, porquanto o PAIGC deve ser exemplo de vitalidade democrática e de cumprimento de todas as regras de uma sã convivência democrática na Guine Bissau.
A posição do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” é que o “VIII Congresso não deve debruçar-se sobre a questão da revisão dos Estatutos do Partido, por não ser este o momento adequado para um tal esforço de reorganização".
Contudo, admitindo que a revisão venha a ser feita, em resultado de compromissos entre as diferentes candidaturas, então a revisão deve respeitar a estrutura e o actual modelo de organização, sobretudo no que se refere à Liderança do Partido, hoje concentrada no Presidente do Partido, o qual é o cabeça de lista e o candidato do Partido ao cargo de Primeiro-Ministro em caso de vitória eleitoral, bem como as preocupações de transparência dos processos eleitorais para a escolha dos dirigentes do Partido.”
Na sequência disso e com o intuito de debater as questões atrás referidas e a sucessão de acontecimentos que tem marcado a vida interna do nosso glorioso partido, a missão do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" após fornecer as explicações e defendido o nosso firme posicionamento contra a criação desta Plataforma, as reuniões ocorridas em Fulacunda e Buba, registou algumas intervenções cuja pertinência vale a pena levar ao conhecimento dos nossos apoiantes e de todos os militantes do nosso Partido.


Fulacunda:
Francisco Mamadi Mané de Fulacunda disse que "o PAIGC só tem neste momento um corpo com membros e sem cabeça, pois com todo o respeito que temos pelos nossos veteranos, que já deram o que tinham a dar e agora para garantir o seu futuro fingem ser os grandes defensores ou salvadores do Partido, quando eles mesmos sabem e bem que já não o podem fazer".
Para Mário Mussá Cassamá "devemos tirar ilações dos nossos erros, porque todos nós sabemos que as divisões e as guerras internas que sofremos nos últimos 10 a esta parte, só nos trouxeram desgraças e enormes prejuízos", para logo acrescentar que "esta história da Plataforma só vem para nos baralhar e desunir, pois por mais que queiramos tapar o céu com as nossas mãos jamais o conseguiremos, daí pensar que devemos fazer uma nova escolha em quem já demonstrou capacidade para lutar e vencer e neste contexto, devemos apostar em Braima Camará".
Por seu turno, Abdulai Indjai mandou um recado a Braima Camará, "para ficar sossegado, pois ele é uma inspiração divina que Deus nos indicou para tirar o PAIGC da situação onde não merece estar, pois a nossa terra sem o PAIGC no leme é um país à deriva e sem rumo".
A juventude de Fulacunda pela voz do seu líder local, Braima Cassamá, defendeu que "o exemplo de humildade devia vir dos veteranos, mas só estamos a ver arrogância e ignorância" para logo acrescentar que "os jovens de Fulacunda seguem atentamente a vida do nosso Partido e a nossa convicção e certeza, por aquilo que escutamos ou vemos, dá-nos a plena certeza que a nossa desgraça é semeada pelos nossos veteranos, quando deviam ser exemplos que devíamos copiar, mas infelizmente isso não pode ser e até porque ficamos espantados quando vemos os nossos jovens dirigentes a deixarem-se levar pela artimanha dos mais velhos, quando eles mesmos são comprovadamente intelectuais e politicamente esclarecidos e com muito futuro pela frente".
Na sua intervenção, Telo Queluntan Monteiro, defendeu que "o VIII Congresso Ordinário do nosso Partido deve ser um acontecimento para unir e cimentar a nossa coesão, de forma a podermos aproveitar e bem o sentimento de simpatia e de confiança que uma esmagadora maioria de guineenses nutre pelo PAIGC e muito principalmente depois dos acontecimentos de 12 de Abril, sobretudo, depois de sabermos que Braima Camará será o nosso futuro líder".
"Devemos fazer um esforço suplementar para defendermos a reconciliação e a unidade do nosso Partido" disse Bacar Sambú, para logo acrescentar que "os problemas do PAIGC têm reflexo ao nível nacional, dai tornar-se urgente a realização do nosso Congresso, para que possamos pôr fim as nossas querelas internas". Por seu turno, Mama Djassi, considerou "que as purgas sucessivas no seio do PAIGC são a fonte da nossa desgraça, dai defendermos a necessidade da realização urgente do nosso Congresso, não só para podermos curar as nossas feridas internas, com igualmente, podermos preparar melhor conquistarmos o poder que nos tiraram, pois este país sem o nosso Partido no poder é sinónimo de destaca e de miséria, principalmente para os nossos camponeses, daí que aguardamos ansiosamente pela eleição do camarada Braima Camará à Presidência do PAIGC, onde o seu talento de empresário e o seu amor ao nosso partido, porque é filho de um Combatente da Liberdade são condições que nos dão esperança e garantia".


Buba:

Os responsáveis pelas estruturas locais do Partido, estão preocupados pelo actual estado de saúde do Partido, tal como frisou Aliu Candé, que entre afirmações, disse que "o PAIGC está a caminhar irresponsavelmente para ser um partido na oposição e se não mudarmos o nosso comportamento e darmos o melhor de nós para o PAIGC, em vez de tirarmos o melhor do PAIGC para nós, vamos ser um partido vulgar e sem rumo".
Tanto, Yala Nan Sun, como Quintino Gomes e Nuno Tamba, falaram da necessidade de se encontrar um consenso no seio do Partido, respeitando-se o jogo aberto de uma democracia que se quer transparente e consubstanciada na estrita observância dos requisitos estatutários. No entanto, para Mamadi Baldé, "o partido não deve servir pessoas como tem sido pratica até aqui, mas sim servir os superiores interesse do nosso povo, razão pela qual no sentido de se procurar defender a unidade e coesão, o momento não é ideal parasse proceder a uma profunda revisão dos nossos Estatutos, pelo que isso deve ser levada a cabo para uma nova oportunidade".
Muitos outros intervenientes, nomeadamente, Abú Mané, Paulo Bernardo Jandy, Safi Camará defenderam a necessidade da realização rápida do congresso, onde não deve haver nem vencedor nem vencidos, enquanto que a velho Combatente da Liberdade da Pátria, Sanden Djassi e a Hadja Nene Costa, defenderam a necessidade da realização do Congresso e a "eleição de um líder que possa tirar o PAIGC da situação onde se encontra, tendo como base os Estatutos e a livre escolha de um novo Presidente pelos congressistas, de forma livre e democrática e namoro imposição".
Tanto Fulacunda como Buba, reiteraram o seu apoio à posição do nosso projecto no que tange a criação desta plataforma e por isso defenderam de forma firme e inequívoca o respeito pelos princípios democráticos que devem nortear a actuação de qualquer candidatura à liderança do PAIGC. Por outro lado, repudiaram com veemência qualquer tentativa de atropelo às normas estatutárias e qualquer comportamento que não dignifique o espírito do partido, pondo em causa todos os esforços que têm sido levados a cabo nos últimos tempos tendentes a preparar o partido para os grandes desafios que se avizinham (eleições presidenciais e legislativas marcadas para o dia 24 de Novembro próximo).

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