Em São Domingos passando a exemplo do que tem sucedido noutros
sectores do país, os militantes do PAIGC exprimiram convictamente o seu
descontentamento pelo surgimento de uma Plataforma que veio para dividir e
enfraquecer ainda mais o nosso Partido.
"Se continuarmos esta
brincadeira vamos sair de Cacheu mais divididos e piores do que Gabú"
foi a tónica das intervenções registadas em São Domingos, durante a sessão se
informação e de explicação dos perigos que representam para o PAIGC o
surgimento da Plataforma, criada sob imposição de alguns veteranos e de certos
teóricos saudosistas do "centralismo
democrático", como sendo a tábua de salvação do nosso Partido dos
males e divisões que enfrenta há mais de 10 a 15 anos a esta parte. Os
participantes nesta reunião consideraram o surgimento do 12 de Abril, "como consequência directa das nossas guerras
e divisões internas" e quase são unanimes quando consideram que a
Plataforma "só vem agravar e acentuar ainda mais a nossa desunião e as
guerras internas no seio do Partido".
O velho militante do PAIGC, o professor primário Cipriano J. Manta, considerado por
ódios como um dos mais fervorosos apoiantes da candidatura de Braima Camará à
Presidência do PAIGC apoiado pelo Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva", indagou na sua
intervenção "se os veteranos que
hoje em dia estão a manipular o Partido, têm ou aplicam a ideologia de Amílcar
Cabral, pois tem serias duvidas pela forma como se comportam e pela desmesurada
ambição de que estão dando provas". Para este velho militante, "os sucessivos adiamentos do Congresso não
são motivados por falta de meios financeiros, mas sim por ambição excessiva,
sendo o surgimento de uma Plataforma a expressão exacta dessa ambição, que e
leva a querer impor uma solução em vez de as tentar pela via da democracia e do
diálogo e isso é absolutamente inaceitável e inadmissível na época em que o
mundo vive hoje"diria ainda concluir Cipriano J. Manta.
João
Constantino Có foi muito calo e incisivo na sua intervenção, quando afirmou que "o
surgimento desta Plataforma é uma clara manobra que visa perpetuar a ambição de
alguns, mas que em nada me preocupa porque esta estratégia montada pelos
veteranos com o auxilio de alguns jovens ambiciosos e sem bases é um nado-morto". "Sinceramente
falando, gostaríamos de ver o camarada Carlos Correia como o Presidente do
Conselho dos Veteranos" diria ainda Constantino Có para concluir
perguntando "será que os nossos veteranos não poderiam seguir o exemplo
dos seus colegas e camaradas de Cabo Verde?".
Para a juventude, na voz do Mamadu
Leni Dabó "a Plataforma é uma
declaração de guerra dos veteranos contra os jovens" para logo afirmar
entre varias outras considerações pertinentes para a "necessidade urgente dos veteranos escolherem luto caminho para andarem,
porque a 4ºcontinuarem com esta estratégia só estão a contribuir de forma
perigosa para acentuar ainda mais a divisão no seio do PAIGC".
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