A missão de esclare-cimento criada pelo Pro-jecto "por uma liderança democrática e inclusiva" esteve em Ingoré,
onde a exemplo do que ocorreu em outros pontos do país, as estruturas
sectoriais e locais do Partido debateram as principais questões da actualidade
do PAIGC, ou seja, a realização do seu VIII Congresso Ordinário, a revisão dos
Estatutos e a criação da Plataforma, entre outros.
O camarada Oscar Barbosa
"Cancan" faria uma sucinta explicação sobre o actual momento
político que se vive no interior do PAIGC, com a agravante dos seus órgãos
estatutários estarem já em caducidade e da urgente necessidade de se sufragar
uma nova direcção, um dos principais objectivos do VIII Congresso Ordinário do
Partido, "algo que devia merecer uma
atenção especial de todos os responsáveis e militantes, mas que está sendo
protelada por uma clara tentativa de se subverter as regras do jogo" para
logo prosseguir afirmando que "a tentativa anti estatutária de querer
impor uma Plataforma nado morto, o PAIGC regista uma das manobras mais sórdidas
já urdidas contra os seus superiores interesses vindo de camaradas que pelo seu
passado de grandes militantes seriam impensável pensar ser isso possível vindo
precisamente da parte deles".
Pode-se desde já afirmar que pelas diferentes intervenções
registadas, os responsáveis a diferentes níveis das estruturas do Partido presentes
em Ingoré, a Plataforma está condenada e profundamente criticada, tam como
igualmente foi expressa a grande preocupação de todos os participantes pela não
convocação das reuniões dos órgãos estatutários e a falta de uma data concreta
para a realização do VIII Congresso Ordinário do PAIGC.
A camarada Mariama João
Mané considerou que "são os
veteranos quem andam a incitar a discórdia e a desunião e tem imensas duvidas
se o PAIGC conseguirá realizar o seu Congresso, pois de contrario e apesar de
estarmos no nosso Partido de coração por fé, seremos obrigados a mudar de ares,
isto é, escolher outra formação política".
Por seu turno a camarada
Isabel Djedju, disse que gostaria que os defensores da Plataforma se
deslocassem a Ingoré, "onde
poderíamos dizer-lhes em alto e em bom som que não concordamos com esta saída,
que para nos é sinónimo de desunião interna e de mais guerra no seio do PAIGC".
Para Januário Camala,
os veteranos não deviam apadrinhar esta ideia da Plataforma, "porque têm experiência para compreender que
a Plataforma vai significar mais guerra e divisão no seio do Partido, daí que
defenda que os veteranos sejam alvo de uma revisão estatutária que os limitem
somente ao papel de conselheiros". No entanto, Joaozinho Umpa "entregar
o Partido aos veteranos significa uma morte anunciada para o PAIGC".
"Será que o Comité
Central não se reunirá? Será que os veteranos não compreendem que estão a jogar
contra o seu próprio Partido? Será que nós, enquanto antigos Combatentes da
Liberdade da Pátria não conhecemos estes veteranos que se estão a querer
apoderar das rédeas do Partido?" foram as três questões levantadas
pelo veterano António João Correia,
enquanto que Reimão Correia se
insurgia com a Plataforma, considerando-a como
Jorge Mané "devemos tomar cuidado com mais divisões internas e manipulações no seio do nosso Partido, praticas que estão a matar o nosso Partido". No entanto, para a camarada Fátima Araújo, "a altura de uma boa revisão está ultrapassada e não temos tempo para mais nada se não prepararmos rapidamente o nosso Congresso e a nossa participação nas próximas eleições, porque temos a responsabilidade de conquistarmos o poderdes nos retiraram".
A veterana Fátima Araújo, igualmente membro do Bureau Politico, sustentaria na sua firme intervenção que "os nossos veteranos, pelo seu passado histórico, deviam ser preservadas, para que a história lhes reserve um lugar especial, mas com este andar, nem tão pouco terão lugar no museu da nossa história", para logo acrescentar que "a única maneira que nós temos para salvar o PAIGC é chumbarmos de forma categórica esta Plataforma e não deixar que pessoas com história se transformem em peças de museu sem valor".
Jorge Mané "devemos tomar cuidado com mais divisões internas e manipulações no seio do nosso Partido, praticas que estão a matar o nosso Partido". No entanto, para a camarada Fátima Araújo, "a altura de uma boa revisão está ultrapassada e não temos tempo para mais nada se não prepararmos rapidamente o nosso Congresso e a nossa participação nas próximas eleições, porque temos a responsabilidade de conquistarmos o poderdes nos retiraram".
A veterana Fátima Araújo, igualmente membro do Bureau Politico, sustentaria na sua firme intervenção que "os nossos veteranos, pelo seu passado histórico, deviam ser preservadas, para que a história lhes reserve um lugar especial, mas com este andar, nem tão pouco terão lugar no museu da nossa história", para logo acrescentar que "a única maneira que nós temos para salvar o PAIGC é chumbarmos de forma categórica esta Plataforma e não deixar que pessoas com história se transformem em peças de museu sem valor".
Cristóvão
Morais, foi claro e objectivo quando disse que "a forma como foi desenhada esta Plataforma é
demonstrativo que a hora não é dos velhos, mas sim dos jovens, sendo de
condenar de forma veemente estas jogadas de bastidores que certas candidaturas
sem mínimas possibilidades de ganhar seja o que for em qualquer instância do
partido, porque não têm nem base nem nome, pretendem levar os nossos veteranos
ao vexame".
Para Anssumane Sanhá a
questão era saber se "há ou não
reforma no seio do PAIGC?", "se para os jovens não há hoje esperança
de assumirem responsabilidades no seio da direcção do PAIGC?",
"porque razão, havendo sinais claros de uma profunda crise e divisão
interna no seio do Partido, os seus órgãos estatutários, que são o fórum ideal
para debater estes problemas, não se reúnem?".
Amidu
Biai em nome da JAAC "este
partido pelo desenho que estão a levar a cabo, demonstra de forma evidente que
não há lugar hoje em dia para os jovens, quando vejo velhos e desgastados
dirigentes envolvidos nesta história da Plataforma e a quererem a todo o custo
manter-se no poder, com o suposto apoio de alguns jovens dirigentes
oportunistas que querem mesmo à custa de golpes baixos servirem-se do Partido e
não servir o Partido".
Por seu turno, Sadjo Biai,
"estou no PAIGC por uma questão de
consciência e de amor, se não fosse isso já teria mudado para outra formação
política, mas fico espantado quando vejo dirigentes históricos serem eles
próprios os protagonistas da desunião e da divisão". Para logo
acrescentar que "também estamos a
reparar com muita preocupação que muitos grandes dirigentes do Partido, que nas
horas más são perseguidos e maltratados pelos nossos inimigos ou adversários,
mas que sempre deram o seu melhor para o prestigio do partido, estejam a ser
alvo de guerra e de perseguição, só porque decidiram apoiar uma ou outra
candidatura. Isso não é só errado como inaceitável, porque só aos órgãos
estatutários compete o direito de suspender ou sancionar um dirigente, para
mais quando pertencem aos órgãos mais superiores do nosso Partido".
Para Issaga Bá, "estamos a perder tempo com estas historias
aventadas pelos veteranos e pela Plataforma, se não convocarmos imediatamente a
reunião dos órgãos para debatermos a vida do nosso Partido", enquanto
que o Coordenador do Projecto "por uma liderança democrática e
inclusiva" para os Sectores de Bula x Ingoré x Sâo Domingos, António Braima Djighalê, "os veteranos sabem que a hora deles chegou
ao fim e querem tramar o Partido, como faz o tuberculoso, onde o doente por uma
questão psicológica não quer ser ele o único contagiado, ou seja, sem eles que
o PAIGC morra ou desapareça".
Para já uma certeza, a deduzir pelas intervenções registadas, a
Plataforma jamais será votada favoravelmente em Ingoré, antes pelo contrário.
(x)
Sem comentários:
Enviar um comentário