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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Braima Camará assumidamente Candidato a Presidente do PAIGC

O candidato a Presidência do PAIGC no seu VIII Congresso Ordinário, camarada Braima Camará reafirmou perante a Comissão de bons ofícios criado sem unanimidade pela Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC a sua firme determinação de prosseguir com o seu projecto de "liderança democrática e inclusiva".

 Braima Camará foi não somente firme, mas igualmente convicto na explanação e na defesa do projecto que lidera e perante a Comissão de bons ofícios deixou bem claro que a sua postulação ao cargo de Presidente do PAIGC "era um dever e um imperativo nacional e que hoje mais do que nunca, pelos apoios inequívocos que tem recebido de todos os quadrantes da vida interna do PAIGC, nomeadamente dos Combatentes da Liberdade da Pátria, de um número impressionante de dirigentes dos órgãos partidários do partido, bem como dos jovens e mulheres a sua decisão é irrevogável".

Já na passada quinta-feira, a mesma Comissão de bons ofícios tinha mantido uma reunião de mais de quatro horas com Braima Camará e na ocasião o candidato deixou bem claro que era irreversível a sua decisão de se manter candidato e que não aceitaria de nenhuma maneira que acções que colidam frontalmente com os Estatutos sejam aplicados.

Quando visitou a Sede da Presidência Política do PAIGC no Sector Autónomo de Bissau na passada sexta-feira, dia 19 de Abril, o candidato à Presidência do PAIGC, Braima Camará, acompanhado de uma importante delegação da sua Directoria de Campanha, integrada pelos camaradas Marciano Silva Barbeiro, Isabel Buscardini, Oscar Barbosa, Dembo Djité, Dinis Cabelol Na Fantchamna, Carlos Mussá Balde, Carlos Cassamá, Hipolito Mendes, o líder do Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva", deixou bem claro na sua exposição que fez perante os membros da Comissão Política do SAB que a sua candidatura ao cargo de Presidente do PAIGC era irreversível.

Braima Camará fez perante a Comissão Política do SAB uma exposição onde resumiu as grandes linhas do projecto que lidera e denunciou com muito vigor e determinação as manobras maquiavélicas que estão sendo urdidas por um grupo de dirigentes, que a coberto da sua actual situação querem impor uma candidatura à margem dos próprios Estatutos do PAIGC, numa clara e flagrante actuação que pode pôr em causa a própria sobrevivência do Partido de Cabral.

"Ao tentar impor ilegalmente a candidatura de Carlos Correia, acompanhado de Estatutos revistos que de forma incompreensível e retrograda voltam a querer fazer surgir o centralismo democrático, o fim das sensibilidades no seio do PAIGC, a criação de um Presidium com capacidade para impor um Primeiro-Ministro à margem das decisões dos órgãos estatutários, nomeadamente o Bureau Político e o Comité Central, com a agravante ainda deste órgão albergar no seu seio como membro de pleno direito o Presidente da Comissão de Veteranos, estamos sem nenhuma duvida a criar as condições para uma guerra interna no PAIGC, com todas as suas consequências que isso pode representar para o futuro do nosso grande e histórico".

Braima Camará voltou a defender a necessidade de uma reconciliação saudável e transparente, mas não imposta através de subterfúgios contrários aos princípios aceites pelo partido, afirmando ipsis verbis, "de contrario estaremos a trair os princípios de Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria" para continuar afirmando "a nossa única saída possível e aceite pelo conjunto das sensibilidades existentes no nosso seio, é respeitarmos escrupulosamente os nossos Estatutos, lutar pela verdade e pela dignidade, dar oportunidade aos que desejam redimir-se e encorajá-los a abraçar uma nova oportunidade que o próprio partido lhes pode proporcionar para que todos e de forma responsável, militante e patriótica possamos tornar mais coeso o nosso partido e consequentemente o nosso próprio país".

De se salientar que na sua deslocação à Sede Nacional do PAIGC para ser de novo confrontado pela Comissão de bons ofícios, Braima Camará foi acompanhado por cerca de uma centena de dirigentes, deputados da nação, quadros técnicos do partido e por militantes de base das diferentes estruturas do PAIGC no Sector Autónomo de Bissau.

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