Braima
Camará foi não somente firme, mas igualmente convicto na explanação e na defesa
do projecto que lidera e perante a Comissão de bons ofícios deixou bem claro
que a sua postulação ao cargo de Presidente do PAIGC "era um dever e um
imperativo nacional e que hoje mais do que nunca, pelos apoios inequívocos que
tem recebido de todos os quadrantes da vida interna do PAIGC, nomeadamente dos
Combatentes da Liberdade da Pátria, de um número impressionante de dirigentes
dos órgãos partidários do partido, bem como dos jovens e mulheres a sua decisão
é irrevogável".
Já na
passada quinta-feira, a mesma Comissão de bons ofícios tinha mantido uma
reunião de mais de quatro horas com Braima Camará e na ocasião o candidato
deixou bem claro que era irreversível a sua decisão de se manter candidato e
que não aceitaria de nenhuma maneira que acções que colidam frontalmente com os
Estatutos sejam aplicados.
Quando
visitou a Sede da Presidência Política do PAIGC no Sector Autónomo de Bissau na
passada sexta-feira, dia 19 de Abril, o candidato à Presidência do PAIGC,
Braima Camará, acompanhado de uma importante delegação da sua Directoria
de Campanha, integrada pelos camaradas Marciano Silva Barbeiro, Isabel Buscardini,
Oscar Barbosa, Dembo Djité, Dinis Cabelol Na Fantchamna, Carlos Mussá Balde,
Carlos Cassamá, Hipolito Mendes, o líder do Projecto "Por uma liderança
democrática e inclusiva", deixou bem claro na sua exposição que fez
perante os membros da Comissão Política do SAB que a sua candidatura ao cargo
de Presidente do PAIGC era irreversível.
Braima
Camará fez perante a Comissão Política do SAB uma exposição onde resumiu as
grandes linhas do projecto que lidera e denunciou com muito vigor e
determinação as manobras maquiavélicas que estão sendo urdidas por um grupo de
dirigentes, que a coberto da sua actual situação querem impor uma candidatura à
margem dos próprios Estatutos do PAIGC, numa clara e flagrante actuação que
pode pôr em causa a própria sobrevivência do Partido de Cabral.
"Ao
tentar impor ilegalmente a candidatura de Carlos Correia, acompanhado de
Estatutos revistos que de forma incompreensível e retrograda voltam a querer
fazer surgir o centralismo democrático, o fim das sensibilidades no seio do PAIGC,
a criação de um Presidium com capacidade para impor um Primeiro-Ministro à
margem das decisões dos órgãos estatutários, nomeadamente o Bureau Político e o
Comité Central, com a agravante ainda deste órgão albergar no seu seio como
membro de pleno direito o Presidente da Comissão de Veteranos, estamos sem
nenhuma duvida a criar as condições para uma guerra interna no PAIGC, com todas
as suas consequências que isso pode representar para o futuro do nosso grande e
histórico".
Braima
Camará voltou a defender a necessidade de uma reconciliação saudável e
transparente, mas não imposta através de subterfúgios contrários aos princípios
aceites pelo partido, afirmando ipsis verbis, "de contrario estaremos a
trair os princípios de Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria"
para continuar afirmando "a nossa única saída possível e aceite pelo
conjunto das sensibilidades existentes no nosso seio, é respeitarmos
escrupulosamente os nossos Estatutos, lutar pela verdade e pela dignidade, dar
oportunidade aos que desejam redimir-se e encorajá-los a abraçar uma nova
oportunidade que o próprio partido lhes pode proporcionar para que todos e de
forma responsável, militante e patriótica possamos tornar mais coeso o nosso
partido e consequentemente o nosso próprio país".
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