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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Leste e sul do país receberam Braima Camará em delírio

 Apoteose no leste e no sul do país com a presença de Braima Camará Iódê!!!!! Ali Braima Camará na bim!!!! --- Iódé, ali bardadi tchiga!!!!!

Se dúvidas subsistissem, dissiparam-se completamente. Braima Camará e o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” foram triunfalmente recebidos no Leste e no Sul do país, sob fortes slogans populares entoados por milhares de pessoas que o receberam de forma apoteótica e de grande cunho militante.

Esta digressão ao leste e ao sul do país, serviram para que Braima Camará explicasse alguns dos posicionamentos assumidos pelo Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e foi no meio de uma grande euforia popular que o Candidado a Presidência do PAIGC explicou aos dirigentes, militantes e as populações locais as razões pelas quais o nosso Projecto não participou na chamada plataforma “Aliança para a Coesão e Unidade do PAIGC”.

Bafatá

Braima Camará diria que, citamos, “em primeiro lugar porque não fui convidado. Em segundo lugar porque é uma plataforma sectária que não visa nem a coesão nem a unidade do partido. Basta olhar para o juramento de fidelidade que os seus membros fazem. Não se referem aos interesses da Guiné-Bissau, não se referem aos interesses do PAIGC. Referem-se apenas à defesa dos interesses da própria Aliança e dos seus membros”.

Porém, para Braima Camará, “a razão fundamental da nossa posição reside no facto de sermos contrários à solução que a Aliança preconiza para a liderança do Partido. A solução da Aliança significa introduzir a BICEFALIA no interior do Partido. Teremos dois líderes eleitos em Congresso, um chamado Presidente, que diz querer ficar no Partido, e outro chamado Secretário Nacional, que irá chefiar o Governo”.

Perante o delírio de uma assistência galvanizada pela intervenção do futuro Presidente do PAIGC, Braima Camará, fez uma pergunta: “Quem terá mais poder real na Guiné-Bissau? O Presidente do Partido, dito Líder, ou o Secretário Nacional? Não é o Chefe do Governo quem detém as rédeas do poder no nosso modelo constitucional?”

De seguida Braima Camará explicaria que “para a nossa candidatura não há nenhuma razão para alterar o actual modelo de organização e funcionamento do Partido, que já consagra a referida “separação de poderes”. Existem órgãos deliberativos, o Congresso e o Comité Central, órgãos executivos, o Presidente e o Secretariado Nacional, e órgãos jurisdicionais, o Conselho Nacional de Jurisdição. São estruturas que se reflectem até ao nível das bases, pelo que não é justo querer imputar as responsabilidades pelo que se passou no passado a um só homem, Carlos Gomes Júnior,ainda por cima nas suas costas

Estas são, em síntese, as razões de coerência que levaram o nosso projecto a manter a sua posição inicial. Defendemos os Estatutos aprovados no Congresso de Gabú, que têm apenas 5 anos de existência”, diria ainda Braima Camará para de seguida concluir que “contudo, admitimos que os Estatutos de Gabú contêm deficiências ou insuficiências, que importa corrigir. Por isso defendemos apenas uma revisão pontual, para resolver esses problemas, deixando uma revisão de maior fôlego para um momento posterior”.

Braima Camarádemonstrou de forma inequívoca que conhece os dossiers e os problemas do nosso país e não escondeu quais as suas ambições para o PAIGC e para a Guiné-Bissau, ao afirmar perante assistências em delírio tanto em Bafatá como em Gabú, citamos, “tenho muito amor pelo meu país e pelo meu partido, o PAIGC. Neste projecto tive o enorme prazer e a honra de ter sido convidado para o encabeçar. Não me moveram interesses ou ambições pessoais, e para meu espanto os militantes do partido, dirigentes, deputados, quadros, jovens e mulheres, combatentes, todos aderiram em peso ao projecto depois de saberem que eu o liderava. Qualquer um sentir-se-ia lisonjeado. Porém, encaro esta situação com muita humildade e sentido de responsabilidade. Carregar sob os nossos ombros a responsabilidade pelo futuro da Guiné-Bissau não é tarefa fácil, mas tal é resultado da grandeza do PAIGC no espectro político nacional

Os meus pais são Combatentes da Liberdade da Pátria, antigos guerrilheiros do PAIGC. Cresci num ambiente completamente dominado pela dureza da luta e das condições sociais prevalecentes à época, bem como pelos princípios e pelos ideais do Partido para a independência do nosso país, no qual se pretendia criar uma nação com paz, estabilidade, prosperidade e bem-estar para todos”, diria ainda Braima Camará para em jeito de conclusão sobre este seu raciocínio afirmar “temos de reconhecer que nesta dimensão o PAIGC falhou nos cumprimentos dos seus objectivos, não obstante tenha alcançado importantes conquistas em vários sectores da nossa vida”.

As razões porque quer presidir o PAIGC foram claramente expostas por Braima Camará, tendo continuidade nas suas anteriores palavras e citamos “por isso, quero para o PAIGC uma espécie de refundação, um partido que volta a procurar nas suas bases populares o essencial da sua vitalidade política. Um PAIGC que se volte a comprometer com o povo, que não se afaste nem se esqueça do povo. Um partido que tenha nesse compromisso o essencial da sua luta, que terá de ser implementado por quadros competentes de que o partido dispõe. Um Partido de princípios e de causas

Para Braima Camará, “o PAIGC tem que ser um partido que respeite os direitos dos seus militantes, que faça deles actores e beneficiários da sua acção política e não meros joguetes nas mãos dos dirigentes” para logo acrescentar que “quero um Partido reconciliado consigo mesmo, capaz de aceitar as diferenças e de conferir a todos e a cada um dos seus militantes oportunidades idênticas para se afirmarem no Partido, a partir do mérito, do trabalho e da dedicação”, diria a terminar,

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