O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”,
sem prejuízo da sua avaliação quanto ao mérito da iniciativa, respeita os
esforços das diferentes sensibilidades e correntes de opinião na busca de
soluções para os inúmeros problemas funcionais que Partido enfrenta, uma vez
que a busca de alternativas que minimizam o nível de conflitualidade e
contribuam para um diálogo construtivo constitui um dever de todos os militantes,
sem excepção.
Contudo convém relembrar que as competência para proceder à correcção e ajuste dos documentos a submeter à intenção do VIII Congresso Ordinário do Partido, cabe à Comissão Nacional Preparatória criada pelo Comité Central, sendo por conseguinte inaceitável que um grupo de Dirigentes, tenham a veleidade de se propor usurpar e substituir o referido Órgão Estatuário criando uma pretensa “Comissão Técnica Conjunta para correcção e ajustes à proposta de Ante-Projecto de Revisão dos Estatutos, do Regulamento Eleitoral e do Regimento do Congresso”, à luz da referida Aliança.
O Ante-Projecto Revisão
dos Estatutos e a proposta Alternativa de Revisão Pontual, com os comentários e
subsídio que lhes foram aportados durante a sua apreciação e discussão pelos
militantes nas conferências sectoriais e regionais, são os documentos base, não
se podendo pretender, agora, forjar e introduzir documento com elementos que
não foram objecto da tramitação de consulta previstas nos Estatutos do PAIGC.
Outrossim, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, reafirma a posição anteriormente manifestada sobre o modelo organizacional, preconizando uma revisão pontual dos aspectos dos actuais estatutos que tenham sido causa próxima de conflitualidade interna, reservando uma eventual revisão profunda para um congresso extraordinário a convocar para o efeito.
Condenamos as
arbitrariedades, discriminações e violações sistemáticas das mais elementares
regras de funcionamento do Partido e respectivos órgãos, atitudes essas, que
estão a minar os valores de confiança e credibilidade do processo preparatório
do VIII Congresso Ordinário, bem com a coesão interna do Partido.
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” exorta as estruturas competentes a absterem-se de comportamentos que tenham como resultado prático os sucessivo e inadmissíveis adiamentos do Congresso, com o risco sério do Partido não participar nas próximas eleições legislativas mascadas para 16 de Março próximo, pelo que, tais comportamentos persistam serão tomadas medidas preventivas tendentes a salvaguardar os superiores interesses dos militantes e simpatizantes do partido e do povo da Guiné-Bissau.
O acto de assinatura da dita Aliança
para a Unidade e Coesão do PAIGC também permitiu constaram de forma evidente
que muitos estão no PAIGC porque têm um interesse pessoal a defender, portanto,
demonstraram inequivocamente que são gente sem escrúpulo e querendo o poder a
todo o custo, mesmo pisando as mais elementares regras ditadas pela ética e
pela moral.
Desde a primeira hora, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”
e o seu Candidato à Presidência do PAIGC, camarada Braima Camará defenderam uma
linha de rumo, ou seja, os Estatutos aprovados em Gabú e repudiaram de forma
firme e clara o ante-projecto que defende uma bicefalia no Partido e os
subscritores da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC demonstraram que
se vestem conforme as suas necessidades e ambições pessoais, numa prática que
os nossos cidadãos apelidam de “manha de camaleão”.
Um velho ditado que citamos, diz que
“quem tem telhado de vidro não atira pedras ao vizinho” e por isso mesmo só
queremos relembrar aos integrantes da dita Aliança para a Unidade e Coesão do
PAIGC, que nas recentes Conferências Regionais ocorridas em Bissau, Tombali, Cantchungo,
Farim, Bafatá e mesmo em Bubaque, camiões transportaram arroz, óleo de
mancarra, para além de dinheiro vivo que foram distribuídos aos delegados a
olho nu e se tiverem a ousadia de negar, apresentaremos provas destes factos.
É esta a diferença que subsiste entre
a Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC e o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, razão pela qual
expressamos a nossa grande preocupação pelo facto de algumas importantes ajudas
financeiras concedidas ao PAIGC por países e partidos amigos e que não foram
depositadas nas contas bancárias do Partido, mas sim, por ordens expressas
tomadas pelo actual 1º Vice-Presidente e Presidente em Exercício do PAIGC,
Comandante Manuel Saturnino da Costa foram entregues à gestão directa de um dos
candidatos, ou seja, do camarada Carlos Correia, servindo-se delas para apoiar
as acções da Plataforma, hoje, transformada na dita Aliança para a Unidade e
Coesão do PAIGC, acto em si ilegal, anti-estatutário e de foro criminal, que
demonstra de per si, a continuidade desta prática irresponsável ditada por uma
condenável promiscuidade e impunidade reinante na actual Direcção Interina do
PAIGC.
Entendemos que no seu devido tempo,
accionará os mecanismos em instituições competentes no sentido de repor a
legalidade na defesa da transparência política e administrativa.
A terminar, comunicamos a todos os
dirigentes, responsáveis e militantes que o integram a manterem-se firmes,
coesos e determinados até a conquista da nossa vitória no VIII Congresso
Ordinário, para assim podermos salvaguardar os valores e os princípios pelos
quais os melhores filhos da nossa Pátria Amada deram à vida, entre os quais se
destacam Amílcar Cabral e os seus companheiros Combatentes da Liberdade da
Pátria.
Bissau, 23 de Dezembro de 2013
Pela Coordenação Política do Projecto “Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva”
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