MOMENTO QUE O PAÍS
ATRAVESSA (Dr. Luís Duarte Pinto (Ph. D. em Ciências Agrárias (Agro-químico) e Técnico de Contabilidade e Gestão)
A Guiné-Bissau está a deriva, com o Povo a viver
na mais profunda miséria e a actual Direcção do PAIGC parece não ter
consciência dessa realidade, ou simplesmente não estar preparada para assumir
as responsabilidades históricas e políticas que cabem à este Partido pela
actual situação do País, deixando transparecer que o próprio PAIGC está
ancorado, à espera de uma solução que derivará do seu VIII Congresso, cuja
realização tem vindo a ser sucessivamente adiada, sem que alguém tivesse a
gentileza de dar aos Militantes uma explicação plausível que a justificasse.
Para um observador distraído, parece que estamos
a falar simplesmente de mais um Congresso do Partido de Amílcar Cabral, que a
partir dos anos 80, não tem sido mais do que um fórum de ajuste de contas e
rotina de confirmação do Poder Instalado, adiando permanentemente a análise e
discussão do essencial e a busca de soluções para os graves problemas que
vinham acumulando tanto ao nível das suas estruturas, como ao da nossa
sociedade em geral.
Entretanto, este Congresso tem a peculiaridade de
apresentar candidatos muito jovens, com ideias e objectivos muito ambiciosos,
contrastando com os da Velha Guarda que dirigiu o Partido e o País desde a
Independência e cuja liderança ficou marcada por uma intensa luta pelo Poder e
que teve como consequência o desgaste das Estruturas do Partido e do Estado,
deixando um rasto de sofrimento, sangue e lágrimas, com o País imergido no
lamaçal da miséria absoluta.
Nunca antes, um Congresso do PAIGC tinha
provocado tanta ressonância no nosso País e além-fronteiras, como este; Nunca
antes um Congresso do PAIGC tinha suscitado tanta polémica e tanta intriga,
como este; Nunca antes um Congresso do PAIGC tinha gerado tanta falsidade,
falsas e inconcebíveis acusações e especulações alicerçados no oportunismo
político e numa gritante irresponsabilidade perante o futuro do próprio Partido
e do País no seu todo, como este; Este Congresso contribuiu para desmascarar os
Pseudo-intelectuais, que na hora de travar uma batalha política se vulgarizam
ao ponto de recorrerem à cobardia, à mentira e aos demais factores do
aviltamento da consciência humana; Pseudo-intelectuais que na hora da derrota
expõem absurdamente as suas fraquezas e limitações, revelando-se incapazes de
gerir as suas emoções e acatar com dignidade e serenidade a vontade
democraticamente expressa pelo eleitorado; Pseudo-intelectuais que imbuídos de
uma arrogância preconceituosa, ainda não perceberam que a política não é uma
Ciência, mas sim uma Arte, ou seja, um exercício multidisciplinar que consiste
na aplicação racional e objectiva dos saberes compilados no complexo processo
de interacção social; Pseudo-intelectuais que têm dificuldades em admitir que
no processo democrático o Poder é conquistado com base na quantidade e não na
qualidade dos votos (se 50 000 Doutores votarem no candidato A e 50 000 + 1 sem-abrigos votarem no
candidato B, este último sai vencedor do escrutínio);
Pseúdo-intelectuais que têm dificuldades em renunciar, mesmo reconhecendo que
representam interesses constratantes com os interesses nacionais e que uma
hipotética vitória sua desembocaria impreterívelmente num clima de tensão e
confrontação de dramáticas consequências; Pseudo-intelectuais que se lançam
numa estafeta política de tão grande envergadura, como é a pretensão de liderar
o PAIGC, contando exclusivamente com o demérito do adversário, ou ainda pior,
com calúnias, cabalas e inventonas para denegrir a imagem do adversário e
atingir os seua objectivos; Pseudo-intelectuais que são intelectuais, só porque
pensam que o são.
O percurso até Cachéu (cidade anfitriã do VIII
Congresso do PAIGC), está a ser marcado por muitos constrangimentos, que de
certa forma descredibilizam a actual Direcção do Partido e colocam muitas
dúvidas quanto à boa fé, a transparência e a imparcialidade na organização
deste Congresso, deixando transbordar uma triste e vergonhosa realidade que
vinha sendo recalcada enquanto era possível fazê-lo, mas que neste momento
ressalta à vista e é do conhecimento geral: Tudo está a ser ensaiado com o
único e exclusivo objectivo de prejudicar o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e o seu Líder, Braima
Camará. Sendo assim, colocam-se as seguintes questões quanto as razões
deste vergonhoso procedimento: Discriminação
étnica? Discriminação Religiosa? Inveja? Medo? Incompreensão? Luta pelo Poder?
(a Democracia pressupõe ida às urnas). Convém sublinhar que nenhuma destas
razões se imbui de sustentabilidade e plausibilidade para justificar a vã e
tenebrosa tentativa de levar um candidato ao colo, em detrimento dos demais. O
PAIGC deve dotar-se de estruturas que reduzam ao mínimo quaisquer hipóteses do
seu Líder se transformar num ditador. No entanto, é sempre melhor eleger para
Presidente do Partido um Candidato que dispõe de meios financeiros próprios
para assegurar o bom funcionamento das suas estruturas, do que eleger um
Candidato que recorre às ajudas externas para financiar a sua campanha e por
isso se deixa manipular a partir do exterior, colocando em risco a sua própria
liberdade de pensamento e de acção e tornando o Partido refém de interesses
mesquinhos e antagónicos aos preconizados nos seus Estatutos e Programas.
Apesar da proliferação de Candidatos na frenética
corrida à liderança do PAIGC, há que reconhecer
que dois deles estão em clara vantagem: Braima
Camará (filho de um destacado Combatente da Liberdade da Pátria, Deputado
da Nação e Presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços
da Guiné-Bissau) e Domingos Simões
Pereira (Ex- Secretário Executivo da CPLP). Entretanto, Braima Camará
mantém uma vantagem substancial sobre o seu principal concorrente, fruto do seu
excelente desempenho como homem de negócios e devido a excelência dos avultados
investimentos feitos no País, factos que lhe auguram confiança, simpatia e
respeito da maioria esmagadora dos Militantes do Partido e de todos os
quadrantes da nossa sociedade, que nele reconhecem qualidades humanas virtuosas
(Integridade, Patriotismo, Tolerância, Humildade, Franqueza, Transparência,
Firmeza e Profunda Convicção) que fazem dele um líder natural e ideal para
o momento que o País atravessa, quando
o diálogo e o consenso nacional constituem um imperativo para a afirmação da
Paz e a garantia da estabilidade sociopolítica.
Citando a Dr.ª Élia Embaló: “Analisando pacientemente todos os projectos
concorrentes, assim como os perfis dos candidatos a liderança do PAIGC, podemos
facilmente deduzir que o projecto "POR
UMA LIDERANÇA DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA" OFERECE MELHORES SOLUÇÕES PARA OS
PROBLEMAS COM QUE A GUINÉ-BISSAU SE DEBATE E QUE O CANDIDATO BRAIMA CAMARA É O
LÍDER IDEAL PARA UNIR O NOSSO POVO EM TORNO DOS IDEAIS DA RECONSTRUÇÃO
NACIONAL”, gostaria, entretanto, de especificar que, a relevância de uma
personalidade política num contexto histórico depende sobretudo da sua
capacidade de produzir ideias, propostas e sugestões pertinentes (que
correspondam e se encaixem perfeitamente) nesse mesmo contexto histórico, tendo
em conta uma hierarquia bem delineada de valores a considerar e de tarefas à
levar a cabo. Neste momento da nossa história, Braima Camará destaca-se como um líder ideal, em virtude do seu
enorme potencial humano, capital político, transversalidade social e sobretudo
pela natureza realista das soluções que engendra para o País.
Todas as opiniões referentes à actual situação
política da Guiné-Bissau convergem num ponto: “NENHUMA ELEIÇÃO RESOLVERÁ OS
PROBLEMAS DA GUINÉ-BISSAU, ENQUANTO NÃO FOREM RESOLVIDOS OS PROBLEMAS DAS
FORÇAS ARMADAS”. Estamos com
isto a reconhecer que, à semelhança do que se passa noutros Países do Mundo, as
Forças Armadas guineenses são os verdadeiros detentores do Poder na
Guiné-Bissau e isto está bem patente na nossa memória, enquanto cidadãos
guineenses (tem sido assim desde a independência do País, embora com outros
actores. Ou seja, muitos dos que hoje criticam esta situação, já envergaram
uniforme e na altura, também usaram e abusaram impunemente do Poder, impingindo
sofrimento ao nosso povo mártir e provocando danos irreparáveis na mentalidade
dos que hoje são chamados a cumprir a nobre e gratificante tarefa de garantir a
Defesa e Integridade territorial do nosso País).
A verdade é que, as convulsões relacionadas com
as reformas nos sectores da Defesa e segurança têm a ver essencialmente com a
questão da falta de confiança da Classe Castrense nas sucessivas lideranças
políticas que o País conheceu nos últimos anos, tornando impossível a
construção de um espaço de diálogo, conducente a pormenorizada definição de uma
estratégia baseada na reciprocidade de vantagens e na assunção colectiva das
responsabilidades institucionais inerentes e aplicáveis á todo o complexo
processo de modernização e adaptação do nosso exército aos princípios
democráticos de partilha do Poder, consagrados na nossa Constituição.
Recorrendo à um exercício analítico desta
situação, assim como dos problemas fulcrais do próprio PAIGC, concluímos
facilmente que, à semelhança do importantíssimo papel então desempenhado pelo
General Ramalho Eanes, durante o período de transição política em Portugal, Braima Camará reúne todos os requisitos
necessários para servir de ponte de diálogo entre as diferentes sensibilidades
e grupos de interesses instalados na nossa sociedade, inclusive entre a
Sociedade Civil e as Forças Armadas, na medida em que goza da simpatia e da
confiança de ambas as partes, o que, certamente, lhe facultaria valências para
promover um diálogo profundo, inclusivo, honesto e frutífero, entre todas as
partes interessadas, tendente à realização das reformas estruturais de que
tanto carece o nosso País.
Hoje, 40 anos volvidos, desde que o nosso povo
tomou a histórica decisão de, unilateralmente, anunciar ao Mundo a sua
disponibilidade de assumir as rédeas do seu próprio destino, o surgimento na
arena política, de jovens como Braima
Camará, reivindicando uma oportunidade para mais e melhor servir o nosso
PAIGC, a nossa amada Guiné-Bissau e o nosso Povo, deve constituir motivo de
orgulho para todos os (Combatentes da Liberdade da Pátria) que, de uma ou de
outra forma, contribuíram com o seu sacrifício, suor, sangue e lágrimas, para a
inserção do nosso País no contexto das Nações Livres do Mundo. Braima Camará representa o que de
melhor o PAIGC alcançou no capítulo da formação de um Homem Novo (Culto,
Humilde, Patriota e Empreendedor), preconizado por Amílcar Cabral e devidamente
consagrado no Programa do Partido.
Fui testemunha ocular do acto da apresentação
oficial da Candidatura de Braima Camará à
liderança do PAIGC e não seria exagero nenhum afirmar que pela sua envergadura
política e adesão popular não tem precedentes na minha memória. E a sua
notabilidade consiste precisamente na enorme popularidade de que Braima Camará goza no seio da
população, ou seja do eleitor, o que traduzido em sondagens, atribuiria ao
PAIGC uma Maioria Absolutamente Esmagadora nas próximas Eleições Legislativas.
Em jeito de conclusão, gostaria de chamar todo o Mundo à razão, apelando aos
Delegados ao VIII Congresso à elegerem Braima
Camará à liderança do Partido e exortar todos os Militante e simpatizantes
do Partido de Amílcar Cabral e do nosso Povo à se reunirem em volta do Projecto
“Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva”, liderado por Braima
Camará, proporcionando a Guiné-Bissau um clima de Paz e Estabilidade,
imprescindíveis ao Progresso e Bem-estar Nacional.
Bem-haja a Guiné-Bissau!
Bem-haja o nosso Povo!
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