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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Plataforma duramente criticada em FARIM e Mansabá, bastiões do PAIGC no norte da Guiné-Bissau

Os militantes destes dois bastiões do PAIGC no norte da Guiné-Bissau criticaram de forma muito dura os mentores da Plataforma e da forma como querem impor um novo Presidente do PAIGC e nas reuniões de esclarecimento e sensibilização desencadeada por iniciativa do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" depois das explicações iniciais sobre as graves violações estatutárias que a proposta dos veteranos contem, "inaceitáveis vindas de dirigentes que pela sua história e maturidade, deviam constituir-se em exemplos positivos".

Os responsáveis pelas estruturas a vários níveis destes dois sectores, consideraram que o surgimento desta Plataforma, "como uma grave e inaceitável contribuição para aumentar a divisão e a crise interna que abala o PAIGC" e defenderam a necessidade urgente da convocação da seniores dos órgãos estatutários "como condição única onde uma solução justa, correcta, transparente e de acordo com os superiores interesses do PAIGC será encontrada e destinada a salvar o Partido Libertador de entrar em rota de colisão com a sua própria história".

Ainda e a propósito da resistência que algum sector da actual direcção do Partido demonstra em não convocar a reunião dos órgãos, uma grande maioria de intervenientes entendem que "não havendo um fórum ideal e estatutário para se discutir a vida interna do partido e de aí se procurarem as melhores e mais consentâneas soluções para tirar o PAIGC deste impasse, dá-se ligarão surgimento de uma intolerável ditadura, que só ajudará para aprofundar acida mais esta crise".

Para uma esmagadora maioria dos intervenientes nas reuniões de FARIM e Mansabá, defendem que "a existência de varias candidaturas não sendo crime, nem violador dos Estatutos do PAIGC, é uma clara demonstração da existência do exercício de uma verdadeira democracia interna no seio do nosso Partido e que só as urnas poderão e deverão ser árbitros na escolha do próximo Presidente do PAIGC, sendo portanto de condenar e repudiar categoricamente a Plataforma, que consideraram como uma estratégia conducente a implantação dos métodos e espirito de partido único".

Farim e Mansabá registaram intervenções onde se comprovam de forma evidente a elevada consciência política dos membros das estruturas regionais, sectoriais e locais do partido, ao ponto de consideram "os ontem lutaram pela liberdade, hoje estejam a combater a democracia" e de também expressarem as suas preocupações pelo rumo que os veteranos estão tentando levar o PAIGC "que não sendo travado a tempo e horas poderá ser um verdadeiro descalabro".

Para intervenientes em Farim e Mansaba "o PAIGC tem que se precaver para que esta situação insustentável criada incompreensivelmente por dirigentes de que se esperava tudo menos este tipo de comportamento, não afunde ainda mais o Partido dos Combatentes, num momento em que os partidos adversários estão aprendendo com os erros do PAIGC e a armar-se com novas e consistentes estratégias para nos travar".

Uma grande maioria de intervenientes consideraram "o surgimento da Plataforma como um meio destinado somente para travar a candidatura de Braima Camará" com consequências ainda para "travar a democracia interna e o debate de ideias" de há muito consideradas como os factores de fortalecimento e das grandes vitorias do PAIGC.

Outro registo importante das reuniões separadas de Farim e Mansabá foi o facto de muitos dirigentes do Partido terem declarado de forma muito clara "que eles não eram nem pau mandado, nem meninos de recado" e que a decisão de cada um "escolher de forma livre e independentemente seu candidato" era da sua inteira responsabilidade "e não dos mentores de uma Plataforma que só veio para dividir ainda mais o PAIGC".

As reuniões de Farim e de Mansabá também confirmaram que a candidatura apoiada pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" é esmagadoramente apoiada pelos militantes e dirigentes locais e vezes sem conta o nome de Braima Camará foi associado como uma "solução capaz de restituir ao PAIGC unidade, coesão, credibilidade, modernização e vitoria nas eleições legislativas" e paralelamente os mentores da Plataforma foram criticados e considerados "como responsáveis pela actual situação de desunião, divisão, Indisciplina que levam o PAIGC a uma já esperada autodestruição".

Em suma, Farim e Mansabá confirmaram de forma inequívoca que a Plataforma não só passará, como será alvo de um duro ataque e critica por parte dos dirigentes destes dois Sectores na próxima reunião dos Órgãos estatutários que cometida acertada ocorrerão muito brevemente.

NHACRA repudia categoricamente a ideia da Plataforma



NHACRA repudia ca-tegoricamente a ideia da Plataforma

A reunião realizada em NHACRA, veio reconfirmar a tendência registada em outras reuniões similares levadas a cabo pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" que apoia a eleição de Braima Camará à Presidência do PAIGC, para esclarecer as estruturas regionais, sectoriais e locais, bem como os dirigentes e militantes que aí vivem dos perigos e da inoportunidade do surgimento da chamada Plataforma, e que foram já realizadas em Catió, Empada, Fulacunda, Buba, Cacine, Quebo, Xitole, Bambadinca, Caió, Cantchungo, Cacheu, Ingoré e São Domingos.
 
Com efeito, os dirigentes e os responsáveis locais do PAIGC do Sector de Nhacra manifestaram- se quase por unanimidade sobre os perigos que representam para o futuro do Partido o surgimento desta Plataforma e que consideram como uma desesperada tábua de salvação encontrada por alguns veteranos e alguns dirigentes jovens imbuídos de uma doentia e perigosa ambição, que poderá conduzir a uma crise sem pendentes na vida interna do Partido Libertador.
 
Para o camarada Alberto Carlos, "os mentores desta chamada Plataforma deviam seguir o exemplo dado pelos veteranos do PAICV em Cabo Verde, que deixaram lugar para os mais novos, com os excelentes resultados que aí adviram, pois estão já a cumprir de forma consecutiva e firme o seu terceiro mandato de quatro anos consecutivos".
 
Por seu turno, tanto Madi Seidi, como Sanabá Djassi e Alfredo Iofá, sustentam que "a estratégia preconizada pelos veteranos em redor desta Plataforma, pode conduzir o PAIGC a uma situação de crise profunda e paralelamente origina situações dúbias e a médio e longo termo conduzirão para o surgimento de crises, porque na estratégia que os mentores desta ideia, um Primeiro-Ministro deverá ser votado no Comité avental sob proposta do Presidente do Partido, ou seja, será uma minoria em vez da maioria quem elegerá o Chefe do Executivo".
 
Se para a Auá Djalo "as divisões internas do PAIGC são sinónimos de fome e de desgraças e para combatermos esta doença a nossa aposta deve ser uma mudança radical e a nossa aposta e o nosso conselho é no sentido de abraçarmos a candidatura de Braima Camara, porqueira além de jovem, é um homem que demonstrou ter capacidade e coragem, daí que apostemos nos veteranos como Conselheiros dos jovens", para Henrique Iaia Fati, "a Plataforma não é somente um clube de velhos, mas sim também um clube de confusionistas e oportunistas".
 
Serifo Djalo e Serifo Mané consideraram "que a actual direcção do partido entrou em regime de caducidade" e defenderam que a criação de uma Plataforma no presente momento era não somente contraprocedente como igualmente uma solução irrealista, "já que isso só servia para acentuar as contradições internas no seio do Partido, num momento em que se impunha unidade e coesão".
 
O camarada João Sediba Sane, membro do BP do PAIGC e da Coordenação Provincial do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" no uso da palavra teceu duras criticas "pela forma anti-estatutária e irresponsável como o PAIGC tem sido gerido, havendo motivos sérios para que o Conselho Nacional de Jurisdição interviesse para por cobro a estes desmandos, porque o que verificamos na pratica há uma gestão do partido feita por pequeno grupo de veteranos, que estatutariamente não são nem órgãos nem direcção, pois os únicos órgãos que os nossos Estatutos reconhecem é o Presidente, o Bureau Político e o Comité Central, mas infelizmente vemos com apreensão e até certa revolta os próprios membros proeminentes do CNJ a corroborarem com estes desmandos, o que é absolutamente inaceitável  e põe em perigo a própria existência legal do PAIGC".
 
Para João Sediba Sane, "há outros motivos de revolta e de incredulidade, pois estamos a ver dirigentes que não só apoiarem o golpe que contribuiu para retirarão PAIGC do seu poder que conquistou de forma legitima, como até tiveram o desplante de publicamente susteriam que o 12 de Abril veio tarde para travar o PAIGC e que foram alvos de viva condenação desta actual direcção direcção provisória da qual passaram a ser conselheiros super escutados, o que é absolutamente vergonhoso e inaceitável para qualquer militante consciente".
 
Óscar Barbosa "Cancan" na sua intervenção e após atacar de forma dura a Plataforma "por ser uma estratégia criada somente como uma tentativa desesperada de travar Braima Camara, um candidato em crescendo continuo e que tem merecido o apoio de varias quadrantes da vida do partido a todos os níveis" centraria a sua intervenção na denuncia "das posições que a actual direcção do Partido em ameaçar expulsar todos os funcionários do Partido que optem em apoiar de forma livre outro candidato que não seja o imposto pela Plataforma, o que é não somente ilegal e inaceitável, como sendo uma intolerável arbitrariedade vindo de quem está de facto aflito e desesperado".
 
"Estão brandindo ameaças até contra os Deputados da Nação de que a prosseguirem o seu apoio a outras candidaturas que não a imposta pelos veteranos, não farão parte das próximas listas que o PAIGC vai elaborar para o preenchimento dos candidatos no conjunto dos 29 Círculos Eleitorais existentes" afirmaria Cancan, para logo prosseguir declarando "isto é absolutamente absurdo, como é demonstrativo do estado de desespero total dos mentores desta Plataforma já um nado-morto, que tem sido alvo de um repudio geral, por parte de quase todas as estruturas regionais, sectoriais e locais convocadas para abraçarem esta estratégia".

Cacheu diz não à Plataforma e aos seus mentores


"Se continuarmos com esta estratégia de divisão, mais acentuada com esta postura inaceitável desencadeada pelos veteranos que a todo o custo querem manter os seus privilégios, estaremos a dar de forma irresponsável trunfos aos nossos adversários políticos e a hipotecar o futuro de uma esmagadora maioria de guineenses" defendeu Joãozinho Noroni, para logo acrescentar na sua aplaudida intervenção realizada perante as estruturas sectoriais do PAIGC no Sector de Cacheu, "o nosso Partido tem responsabilidades acrescidas e se repararmos bem, os problemas que este nosso país enfrenta são fruto e consequência dos nossos desentendimentos, daí repudiarmos convictamente o surgimento desta Plataforma que só vai contribuir ainda mais a situação do PAIGC".
A maioria das intervenções, nomeadamente proferidas pelos camaradas, que reportamos para melhor compreensao dos nossos leitores:

Arafan Camará:
-  há que criticar a postura assumida pelos veteranos, imbuídos de egoísmo, de ambição extrema e de escamotear o verdadeiro sentido do papel e do sentido democrático do PAIGC, razao pela qual apelamos que os órgãos sejam convocados pêra debater os problemas internos que estão namorada serem resolvidos,pois temos desafios importantes para enfrentar;

António Monteiro:
-  o PAIGC está a fugir da sua responsabilidade de proteger o nosso povo;
-  os veteranos querem morrer no poder e por isso estão a fazer tudo para dificultar  entrada de novos dirigentes e de novos militantes;
-  se de facto estes veteranos que se gabam de ter trabalhado estreitamente com Amilcar Cabral, então hoje podemos afirmar sem medo de errar que o seu comportamento é absolutamente contrario e diferente do pensamento do Fundador da nossa Nacionalidade;
-  os veteranos com a sua postura de imposições de guerra no seio do PAIGC, está a fazer com que o PRS cresça a nossa custa;

Admir Baticã Ferreira:
-  Esta campanha de sensibilização e de esclarecimento desencadeada pelo projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" tem um valor incalculável pela sua oportunidade;
-  pensamos que na democracia não há lugar para imposições e por isso devemos ir para o Congresso, dando oportunidade a todos os candidatos, pois será Só a partir do voo livre e responsável que o novo Presidente do PAIGC será escolhido;
- entendemos que a revisão deve rever para melhor e não para pior e a proposta que foi assumida pela Plataforma está muito aquém do que o nosso Partido aspira, pois ela é sinónimo de divisão e de guerra;

Para o camarada Anssumane Fandy, "esta Plataforma está fechando as oportunidades aos jovens, mas está dando espaço ao oportunismo, isto não pode ser admitido nem aceite pelos militantes conscientes que lutam para salvar e dignificar o nosso grande Partido". 

Entretanto, uma intervenção prendeu a atenção dos presentes, quando a camarada Ana Paula Pereira disse que tinha "chegado a hora das mulheres dizerem basta a este jogo de cintura que em nada, absolutamente nada ajudará o Partido a reconquistar a sua unidade e coesão internas, tão necessárias quanto urgente, perante a necessidade de se por termo a esta onda gravíssima de desgovernação que está a conduzir o país em direcção ao caos, num processo onde as mulheres guineenses são as mais afectadas e as que mais sofrem".

Para outra interveniente muito escutada e respeitada, a camarada Palmira Amélia Cabral, responsável da UDEMU e membro do Comité Central do PAIGC, "o actual momento exige de todos os que amam e respeitam o PAIGC ponderação, sangue frio e espirito de sacrifício, para que em plena consciência façamos ver aos nossos históricos veteranos que a ideia deles em salvar o Partido, pode conduzir a uma situação de insustentabildade interna para o PAIGC, pois o que pretendem, talvez até movidos de boa intenção e de boa fé, pode vir a ser como diz um velho ditado - a emenda pode ser pior que o soneto -, isto é, devemos dizer-lhes que a via por eles escolhida colide de forma frontal com os fundamentos da própria democracia, pois tentar impor algo hoje em dia, é ao difícil como obrigar alguém a beber fel em vez de agua".

Para o Presidente da Comissão Política do Sector de Cacheu, camarada Cipriano Sá, "a ideia da Plataforma peca por ser tardia e duvido mesmo se ela fosse apresentada atempadamente, se passaria, pois hoje em dia, impor em democracia é como algo de inaceitável e intolerável porque fere o principio da livre escolha", para mais a frente afirmar, "os veteranos convocaram uma reuniao com os responsáveis regionais e sectoriais do Partido da Região de Cacheu para Bula, penso que aí chegarão a conclusão de que não vale a pena avançarem com esta estratégia, que só vai, ao nosso ver, acentuar ainda mais a actual crise porque passa o PAIGC e a nossa vontade, enquanto militantes e dirigentes do Partido, é unir e fortalecer o PAIGC e dota-lo de capacidade para que possa reconquistar o poder que lhe foi usurpado nas próximas eleições gerais que se avizinham e para tal o tempo urge e torna-se por isso necessário que sejam convocadas as reuniões dos  órgãos estatutários e de se marcar a data para a realização do nosso VIII Congresso Ordinário".

A exemplo do que tem sucedido em reuniões do mesmo género e com os mesmos objectivos, o camarada Oscar Barbosa "Cancan" respondeu a todas as questões, esclareceu as duvidas e no final agradeceu as contribuições recebidas, tendo dito em conclusão, citamos, "esta troca de informações foi tão útil que nos permite concluir que a vossa posição só vai ajudar a salvar o PAIGC de mais uma grande crise, cujas consequências poderiam ser nefastas se esta ideia e os objectivos recopiados pelos mentores da Plataforma fossem por diante, felizmente estou convencido que ela será chumbada de forma categórica", disse a terminar este membro da Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC e da Coordenação Nacional de Apoio à Candidatura de Braima Camará a Presidência do PAIGC apoiado pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva". (x)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

As estruturas do PAIGC do Sector Autónomo de Bissau rejeitam categoricamente a Plataforma

As estruturas de base do Sector Autónomo de Bissau que apoiam o Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" reuniram-se para analisar surgimento da "Plataforma do PAIGC para a Unidade e Coesão Internas do Partido"  e a estratégia que os seus mentores estão a engendrar e decidiram por unanimidade condenar esta iniciativa que consideraram como uma contribuição altamente negativa para o PAIGC.

O camarada Oscar Barbosa "Cancan" abriu a reunião falando do momento político que o país atravessa e da necessidade de se cerrar as fileiras em torno das grandes linhas estratégicas delineadas pelo Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" que visam salvar o PAIGC e contribuir para o ressurgimento de uma nova e mais prometida sociedade na Guiné- Bissau.
Numa reunião realizada com estruturas do Sector Autónomo de Bissau permitiu constatar que a ideia e as estratégias preconizadas pela Plataforma são absolutamente contestadas e rejeitadas por uma esmagadora maioria dos responsáveis de base do Partido, levando, inclusivamente, a que camaradas membros do Comité Central, como Infa Mané a considerá-la "como uma grande vergonha para todos os militantes conscientes, porque a ser verdade tudo isto, esta estratégia vai levar o PAIGC à catástrofe", enquanto Manuel Sá, Muscuta Indjai e Mussá Samati "apelam ao chumbo categórico da Plataforma, de forma a demonstrar aos veteranos e aos jovens oportunistas que a abraçaram que a sua ideia de centralismo democrático só vem para dividir a família do PAIGC e em nada contribuir para a reestruturação e apaziguamento do nosso Partido, antes pelo contrario, ela em si descaracteriza o Partido e não vai ajudar a nossa força política nos seus esforços para reconquistar o poder no nosso país".

Outra intervenção muito aplaudida foi feita por outro membro do Comité Central, Agarito João Vieira, que afirmou, citamos, "um grupo sem juízo próprio está a contribuir para o acentuar da crise no próprio país, por isso mesmo, devemos utilizar as prerrogativas dos actuais e vigentes Estatutos para fazermos repor a ordem e a legalidade no seio do nosso Partido".
Carlos Pinto Pereira "Caía", da Coordenação Nacional do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" após tecer considerações de ordem jurídica, tendo destacado a forma anti estatutária como os mentores da Plataforma estão a agir, diria ainda, citamos, "que os níveis de popularidade e aceitação que o candidato Braima Camará despertou se não fossem tão elevados, talvez mesmo a Plataforma nunca seria inventada, e para este Projecto que abraçamos com convicção e determinação, está convicto que esta estratégia foi montada para travar Braima Camará à Presidência do PAIGC".
Para o camarada Pinto Pereira, "os mentores da Plataforma procuraram com esta estratégia confundir os militantes menos atentos, utilizando argumentos sobre a necessidade de organizar e reestruturar o PAIGC, que todos nós estamos de acordo e que pensamos ser possível com os actuais Estatutos, porque o não funcionamento correcto do Partido, dêem-se mais a incompetência do actual Secretariado Nacional e muito em especial do Secretario Nacional, que não foi capaz de fazer funcionar esta estrutura político-administrativa, apesar de esta ter sido reestruturada sob a sua proposta, mas continuando a denotar a sua inoperância operacional ao longo da sua vigência, com a agravante desta importantíssima estrutura não se ter reunido uma única vez desde os acontecimentos do 12 de Abril de 2011 a esta parte, o que de per si demonstra uma das razões que nos levaram a aderir ao Projecto -por uma liderança democrática e inclusiva-".

Octavio Lopes, membro do Bureau Político do PAIGC e igualmente da Coordenação Nacional do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" justificou a manutenção dos actuais Estatutos "como sendo um imperativo necessário e urgente para salvaguardar a unidade e a coesão internas do nosso Partido e de travar certas aventuras que só iriam contribuir de forma perigosa para o acentuar das nossas crises interna" para logo adiantar, depois de explicar alguns aspectos políticos, jurídicos e técnicos que a estratégia da Plataforma contém, "no momento em que o país se encontra, num momento em que temos um partido quase em situação de ilegalidade, no momento em que estamos em vésperas de eleições gerais no país, impõe-se o bom senso, impõe-se a defesa dos superiores interesses do partido e do país, impõe-se lucidez e inteligência, impõe-se deixarmos o interesse pessoal a favor do interesse geral, enfim, impõe-se patriotismo e respeito pelos superiores interesses do nosso povo. Por isso mesmo, deve-se chumbar categoricamente a Plataforma".
Vamos destacar seguidamente algumas das passagens registadas na reunião das diferentes estruturas do Partido no SÁB e que mereceram grandes aplausos por parte dos participantes:
HADJA BINTA CANDÉ:
·         os mentores da Plataforma perderam o rumo e o senso do racional;

·         as manobras que os defensores da Plataforma estão a engendrar visa constituir-se num travão a candidatura de Braima Camará;
 
MARIAMA SOW:
·         pano novo que não tira o frio, não é depois de velho e usado sem número de vezes que o vai conseguir, com isto quero dizer que o lugar dos veteranos não é continuarem a mandar, mas sim de hoje o seu lugar é de aconselhar os mais jovens;
 
BACARI SANÓ:

·         como Combatente da Liberdade da Pátria é má vergonha estarmos a ver como alguns dos nossos veteranos se estão a comportar, porque é inadmissível e inaceitável que a ambição suplante o seu dever se militantes responsáveis que deviam continuar a ser exemplos para os jovens;

·         todos sabemos que os Estatutos de Gabú estão em vigor, mas não é essa ideia que os defensores da Plataforma dão a entender nas suas explanações e isso é inaceitável e condenável, razão pela qual erguendo onde está o Conselho Nacional de Jurisdição?

·         se querem ser candidatos para ficarem como Presidentes no Partido, então que se candidatem ao cargo de Secretario Nacional;

·         porque razão é que não se reúnem os órgãos estatutários do nosso Partido para discutir e analisar todas estas questões? Ou será também que a Plataforma já deu um golpe nos órgãos estatutários?
 
MAMADÚ ALIU DJALÓ:
·         preocupa-me o facto de estamos a ver na Plataforma gente que teve papel proeminente no golpe de 12 de Abril, inclusive, gente que na tribuna da Assembleia Nacional Popular afirmando em alto e bem som que o golpe contra o PAIGC e a sua Direcção já se estava a impor. Será que isto não é do conhecimento de todos?
- a popularidade e a adesão sem precedentes em torno da candidatura de Braima Camará está não somente a espantar muita gente, como está causando também medo;
 
SETY DARAME:
·        não devemos entrar em euforias, embora sinta que temos na verdade um apoio vindo de ódios os quadrantes, mas devemos continuar a trabalhar cada vez mais e com mais atenção as manobras e estratégias dos nossos adversários;
 
SIMÃO LUCAS:
·        estamos bastante encorajados com o posicionamento das nossas estruturas regionais, demonstrativas da alta consciência política e militante, dando plenas garantias ao PAIGC e ao seu futuro;

·        será que os actuais mentores, principalmente alguns deles, podem  falar de moralidade? Alguns estiveram ao lado e bem recentemente dos partidos da oposição e dos militares no processo que levou a nosso afastamento do poder;
 
ALMAMI FATI:
·        é urgente e absolutamente necessário que um abaixo-assinado seja levado a cabo exigindo a realização da reunião dos órgãos estatuários para que possamos por cobro a estes desmandos estatutários que estamos a viver hoje em dia no nosso Partido, pois estamos a quatro meses das eleições e a brincadeira e irresponsabilidade devem terminar ou cessar imediatamente.

Marciano Silva Barbeiro encerraria a reunião, apelando ao reforço das actividades de sensibilização e de mobilização dos indecisos "porque chegou a honra de consolidarmos este excelente trabalho que desenvolvemos até ao momento, algo que nos dá confiança mas que não deve constituir motivos para euforias, porque temos ainda muito trabalho pela frente".
Em relação a Plataforma, Marciano Silva Barbeiro disse não estar preocupado porque "ele já nasceu morto e as demonstrações de vivo repúdio de que tem sido alvo nas deslocações que os mentores da "Plataforma do PAIGC para a Unidade e Coesão Internas do Partido" têm realizado para as diferentes regiões do país", tendo alertado para a necessidade das estruturas "não se deixarem embarcar na demagogia utilizada pela Plataforma, de que um Presidente no Partido para o reorganizar e dar-lhe mais vida, não era mais do que um engodo, pois a revisão dos Estatutos que foram feitos à medida da Plataforma e de Carlos Correia tem igualmente nuances preocupantes, pois ele omite mesmo o que se espera do Presidente em termos de futuro, pois para além de Presidente do PAiGC ele pode ser também Primeiro-Ministro, por outras palavras, eles da Plataforma querem tentar servir-nos gato por lebre".
 
Para Marciano Silva Barbeiro, "o momento exige de todos nós muita atenção e muita dedicação em torno do Projecto que defendemos, pois ele é a única estratégia possível de fazer com que o PAIGC possa voltar a retomar a plenitude da sua vitalidade, da sua organização, da sua força como instituição política capaz de tirar a Guiné-Bissau da situação difícil onde se encontra". (x)

terça-feira, 23 de julho de 2013

A maior parte dos intervenientes na reunião ocorrida em Bula, foram contundentes em acusar os mentores da Plataforma, que consideraram como sendo um probl‏ema de ambição pessoal

A maior parte dos intervenientes na reunião ocorrida em Bula, foram contundentes em acusar os mentores da Plataforma, que consideraram como sendo um problema de ambição pessoal e contrários aos princípios do PAIGC e com profundas implicações negativas para o futuro do Partido.   "Ao pretenderem à viva força impor um novo Estatuto, desenhado para satisfazer um  grupo de veteranos, alguns dentre eles, até traidores, que recentemente estiveram inclusive a apoiar um golpe que derrubou o próprio Partido do poder, só pode haver uma resposta a estas manobras que não mais visam do que a própria autodestruição do PAIGC, firmeza dos militantes e repudiar com energia e patriotismo estes planos diabólicos" afirmaria Guilherme Dantas, um destacado membro da direcção do Partido e do CONQUATSA.

Saído Baldé em nome da Coordenação Sectorial da JAAC, afirmaria que os Estatutos que os veteranos querem impor não passará, "porque a juventude guineense, já escolheu um projecto que defende os jovens e já apostou num homem como Braima Camará, que já demonstrou ter capacidade e inteligência para assumir os comandos do PAIGC". Este mesmo responsável da juventude local, disse ainda que "os adversários do projecto - por uma liderança democrática e inclusiva - aproveitam todas as oportunidades para lançarem farpas contra Braima Camará, isso para nós jovens tem um significado - só os derrotados insultam ou lançam boatos - os que vencem só olham para a frente e só pensam no seu programa e na confiança que nutrem pelo povo e pela simpatia que o povo também nutre por eles".

Outro interveniente muito aplaudido pela assistência que enchíamos completo a sala de reuniões de Bula, foi o jovem Nelson Costa que entre outras afirmações diria, citamos, "sentimos envolta quando vemos um grupo de dirigentes que deviam ser o nosso espelho e o nosso orgulho, estarem eles próprios a banalizarem o PAIGC, significando isso que eles só querem servir-se do Partido e não servir o Partido, pois como jovem, em vez de ver bons exemplos estou somente vendo - tafal-tafal -, isto num momento em que o PAIGC recusa de se unir e se tornar mais coeso, porque enquanto estes veteranos nos complicam a vida, outras formações políticas estão-se Armando e bem como novas estratégias para tentarem derrotar o nosso partido nas legislativas próximas, daí que não possamos estar de acordo com os veteranos ambiciosos, ladeais por alguns jovens oportunistas e sem peso no seio do nosso PAIGC, porque nenhum deles tem gás nem Prestigio para poderem sozinhos alcançar ou conquistar seja o que for, por isso mesmo estão colados aos veteranos tentando a todo o custo assegurar um lugar ao sol, mas podem ter eles uma certeza, vão ser derrotados e esmagados".

Aissatu Conté disse isto simplesmente, "reinança ka ta dujundadu...i dependi di povu" (o poder não se conquista pela via da força, mas sim da vontade do povo) e mandar também depende do tempo e neste aspecto os veteranos que inventaram esta Plataorma da desunião só pensam neles e não nos interesses do Partido e por isso mesmo chegou a hora de gritarmos BASTA!, pois estamos em pleno século XXI e o tempo do "eu quero, eu posso e mando" está fora de moda, porque na época da democracia é a vontade de maioria que prevalece".

Mamadi Embaló considerou que o "PAIGC está doente e a sua doença está na sua cabeça, porque a sua actual direcção provisória não está a ver o que todo o mundo vê, ou seja, existe um plano bem urdido de destruição do PAIGC para o afastar do poder e a nossa sorte enquanto militantes deste partido é continuarmos a ter o povo do nosso lado, de contrario o nosso lugar seria sempre na oposição" para logo adiantar que "desde que Nino Vieira deixou de mandar no partido este ficou sem rumo, sem um verdadeiro líder, havendo hoje necessidade de se encontrar um líder entre as camadas mais jovens não comprometidas com as guerras surdas do passado entre os que vieram das matas".

Para Djai Candé "fala-se muito das reformas ao nível das forças de defesa e segurança, quando também o próprio PAIGC precisa igualmente de uma profunda reforma, pois de contrario não estaríamos hoje fora do poder, com a agravante de estarmos relegados a esta situação por interferência directa de alguns membros proeminentes do PAIGC, esquecendo-se eles mesmos, que quando o PAIGC está fora do poder isso significa mais fome, mais pobreza, mais escuridão, menos escolas e saúde, mais banditismo, mais incompetência".

A sala estremeceu quando Serafim Semedo afirmou, citamos, "os que hoje defendem a estratégia de que só os veteranos são solução para tirar o PAIGC da situação onde se encontra, então o melhor teria sido não matarem Amilcar Cabral, para que ele continuasse ainda hoje a dirigir o PAIGC, mas nunca eles, porque estes actuais veteranos que ao longo de quase meio século a frente do Partido já deram o que tinham a dar e numa grande maioria das vezes, figuras de primeiro plano no partido e no governo sempre se mostraram medíocres e não seria agora em idade de reforma é que conseguiriam resolver os problemas do país e do próprio PAIGC".

Após as respostas dadas pelo camarada Cancan as perguntas colocadas pelos participantes, falaria a camarada Isabel Buscardini, membro do Bureau Politico, Segunda Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular e da Coordenação Política do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva", para tecer algumas duras criticas aos veteranos "que de forma inconsciente e irresponsável estão dando uma péssima contribuição para a destruição do Partido", para logo continuar afirmando "felizmente uma esmagadora maioria dos Combatentes da Liberdade da Pátria não se revê nesta Plataforma, antes pelo contrario, repudiam-na porque a consideram como uma estratégia oportunista e ambicionista, sem terem em devida conta o momento em que o PAIGC vive, principalmente depois do 12 de Abril".

"Hoje vemos de novo no Partido, gente que pelo seu passado de luta deviam cultivar respeitabilidade, estão a semear de novo a confusão com total descaramento e sentido de responsabilidade, sem se lembrarem que ainda bem recentemente apoiaram os adversários do nosso Partido nos acontecimentos do 12 de Abril, que afastou o PAIGC do poder e quase o destruíram, não o conseguindo porque alguns verdadeiros militantes ousaram dar corpo ao manifesto lutando com coragem e sentido militante para que o nosso Partido não caísse, reerguendo-o de forma lenta mas corajosa, para que hoje fosse possível dar aos guineenses a grande oportunidade de um retorno à constitucionalidade" afirmaria ainda Isabel Buscardini, para concluir "eis a razão pela qual não deixaremos passar a Plataforma, porque queremos cimentar a unidade e a coesão do nosso Partido e dar de novo ao PAIGC a possibilidade de reconquistar o poder e assim salvar o povo guineense, uma vez mais, da miséria e da pobreza".

O camarada Marciano Silva Barbeiro encerrou este encontro de Bula apelando ao cerrar das fileiras "para salvarmos o PAIGC, porque um grupo de veteranos e de jovens ávidos de poder e de um condenável oportunismo, estão tentando à custa da sua desmesurada ambição hipotecar o nosso grande Partido, daí que o nosso apelo seja no sentido de cerramos as fileiras e não deixarmos passar os que querem destruir a maravilhosa história escrita por grandes e heróicos Combatentes da Liberdade do Povo".

Para Marciano Silva Barbeiro, membro do Bureau Político e do Secretariado Nacional do PAIGC e igualmente o principal Coordenador do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva", o momento actual em que o país vive e muito em especial o PAIGC, "impõe-nos o dever de  lutar contra os que querem banalizar o nosso Partido, isto porque banalizar o PAIGC, não é banalizar os jovens e as suas legitimas esperanças a um futuro melhor, mas sim, é banalizar o nosso povo e os Combatentes da Liberdade da Pátria e isso jamais permitiremos e por isso estamos aqui para denunciar estas manobras divisionistas e perigosas que estão sendo desencadeadas por dirigentes que pelo seu passado, hoje não deviam ter este tipo de comportamento". (x)

As Estruturas Sectoriais e Locais do Sector de S.Domingos consideram a Plataforma como mais uma perigosa contribuição para dividir ainda mais o PAIGC


Em São Domingos passando a exemplo do que tem sucedido noutros sectores do país, os militantes do PAIGC exprimiram convictamente o seu descontentamento pelo surgimento de uma Plataforma que veio para dividir e enfraquecer ainda mais o nosso Partido.

"Se continuarmos esta brincadeira vamos sair de Cacheu mais divididos e piores do que Gabú" foi a tónica das intervenções registadas em São Domingos, durante a sessão se informação e de explicação dos perigos que representam para o PAIGC o surgimento da Plataforma, criada sob imposição de alguns veteranos e de certos teóricos saudosistas do "centralismo democrático", como sendo a tábua de salvação do nosso Partido dos males e divisões que enfrenta há mais de 10 a 15 anos a esta parte. Os participantes nesta reunião consideraram o surgimento do 12 de Abril, "como consequência directa das nossas guerras e divisões internas" e quase são unanimes quando consideram que a Plataforma "só vem agravar e acentuar ainda mais a nossa desunião e as guerras internas no seio do Partido".

O velho militante do PAIGC, o professor primário Cipriano J. Manta, considerado por ódios como um dos mais fervorosos apoiantes da candidatura de Braima Camará à Presidência do PAIGC apoiado pelo Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva", indagou na sua intervenção "se os veteranos que hoje em dia estão a manipular o Partido, têm ou aplicam a ideologia de Amílcar Cabral, pois tem serias duvidas pela forma como se comportam e pela desmesurada ambição de que estão dando provas". Para este velho militante, "os sucessivos adiamentos do Congresso não são motivados por falta de meios financeiros, mas sim por ambição excessiva, sendo o surgimento de uma Plataforma a expressão exacta dessa ambição, que e leva a querer impor uma solução em vez de as tentar pela via da democracia e do diálogo e isso é absolutamente inaceitável e inadmissível na época em que o mundo vive hoje"diria ainda concluir Cipriano J. Manta.
João Constantino Có foi muito calo e incisivo na sua intervenção, quando afirmou  que "o surgimento desta Plataforma é uma clara manobra que visa perpetuar a ambição de alguns, mas que em nada me preocupa porque esta estratégia montada pelos veteranos com o auxilio de alguns jovens ambiciosos e sem bases é um nado-morto".  "Sinceramente falando, gostaríamos de ver o camarada Carlos Correia como o Presidente do Conselho dos Veteranos" diria ainda Constantino Có para concluir perguntando "será que os nossos veteranos não poderiam seguir o exemplo dos seus colegas e camaradas de Cabo Verde?".
Para a juventude, na voz do Mamadu Leni Dabó "a Plataforma é uma declaração de guerra dos veteranos contra os jovens" para logo afirmar entre varias outras considerações pertinentes para a "necessidade urgente dos veteranos escolherem luto caminho para andarem, porque a 4ºcontinuarem com esta estratégia só estão a contribuir de forma perigosa para acentuar ainda mais a divisão no seio do PAIGC".

domingo, 21 de julho de 2013

Ingoré firme na defesa dos Estatutos aprovados no Congresso de Gabú, olu seja, de um Presidente do PAIGC que seja cabeça de lista e Primeiro-Ministro em caso de vitória eleitoral nas Legislativas

A Plataforma jamais será votada favoravelmente em Ingoré, antes pelo contrário.
A missão de esclare-cimento criada pelo Pro-jecto "por uma liderança democrática e inclusiva" esteve em Ingoré, onde a exemplo do que ocorreu em outros pontos do país, as estruturas sectoriais e locais do Partido debateram as principais questões da actualidade do PAIGC, ou seja, a realização do seu VIII Congresso Ordinário, a revisão dos Estatutos e a criação da Plataforma, entre outros.

O camarada Oscar Barbosa "Cancan" faria uma sucinta explicação sobre o actual momento político que se vive no interior do PAIGC, com a agravante dos seus órgãos estatutários estarem já em caducidade e da urgente necessidade de se sufragar uma nova direcção, um dos principais objectivos do VIII Congresso Ordinário do Partido, "algo que devia merecer uma atenção especial de todos os responsáveis e militantes, mas que está sendo protelada por uma clara tentativa de se subverter as regras do jogo" para logo prosseguir afirmando que "a tentativa anti estatutária de querer impor uma Plataforma nado morto, o PAIGC regista uma das manobras mais sórdidas já urdidas contra os seus superiores interesses vindo de camaradas que pelo seu passado de grandes militantes seriam impensável pensar ser isso possível vindo precisamente da parte deles".

Pode-se desde já afirmar que pelas diferentes intervenções registadas, os responsáveis a diferentes níveis das estruturas do Partido presentes em Ingoré, a Plataforma está condenada e profundamente criticada, tam como igualmente foi expressa a grande preocupação de todos os participantes pela não convocação das reuniões dos órgãos estatutários e a falta de uma data concreta para a realização do VIII Congresso Ordinário do PAIGC.

A camarada Mariama João Mané considerou que "são os veteranos quem andam a incitar a discórdia e a desunião e tem imensas duvidas se o PAIGC conseguirá realizar o seu Congresso, pois de contrario e apesar de estarmos no nosso Partido de coração por fé, seremos obrigados a mudar de ares, isto é, escolher outra formação política".

Por seu turno a camarada Isabel Djedju, disse que gostaria que os defensores da Plataforma se deslocassem a Ingoré, "onde poderíamos dizer-lhes em alto e em bom som que não concordamos com esta saída, que para nos é sinónimo de desunião interna e de mais guerra no seio do PAIGC".

Para Januário Camala, os veteranos não deviam apadrinhar esta ideia da Plataforma, "porque têm experiência para compreender que a Plataforma vai significar mais guerra e divisão no seio do Partido, daí que defenda que os veteranos sejam alvo de uma revisão estatutária que os limitem somente ao papel de conselheiros". No entanto, Joaozinho Umpa "entregar o Partido aos veteranos significa uma morte anunciada para o PAIGC".
"Será que o Comité Central não se reunirá? Será que os veteranos não compreendem que estão a jogar contra o seu próprio Partido? Será que nós, enquanto antigos Combatentes da Liberdade da Pátria não conhecemos estes veteranos que se estão a querer apoderar das rédeas do Partido?" foram as três questões levantadas pelo veterano António João Correia, enquanto que Reimão Correia se insurgia com a Plataforma, considerando-a como

Jorge Mané "devemos tomar cuidado com mais divisões internas e manipulações no seio do nosso Partido, praticas que estão a matar o nosso Partido". No entanto, para a camarada Fátima Araújo, "a altura de uma boa revisão está ultrapassada e não temos tempo para mais nada se não prepararmos rapidamente o nosso Congresso e a nossa participação nas próximas eleições, porque temos a responsabilidade de conquistarmos o poderdes nos retiraram".

A veterana Fátima Araújo, igualmente membro do Bureau Politico, sustentaria na sua firme intervenção que "os nossos veteranos, pelo seu passado histórico, deviam ser preservadas, para que a história lhes reserve um lugar especial, mas com este andar, nem tão pouco terão lugar no museu da nossa história", para logo acrescentar que "a única maneira que nós temos para salvar o PAIGC é chumbarmos de forma categórica esta Plataforma e não deixar que pessoas com história se transformem em peças de museu sem valor".

Cristóvão Morais, foi claro e objectivo quando disse que "a forma como foi desenhada esta Plataforma é demonstrativo que a hora não é dos velhos, mas sim dos jovens, sendo de condenar de forma veemente estas jogadas de bastidores que certas candidaturas sem mínimas possibilidades de ganhar seja o que for em qualquer instância do partido, porque não têm nem base nem nome, pretendem levar os nossos veteranos ao vexame".
Para Anssumane Sanhá a questão era saber se "há ou não reforma no seio do PAIGC?", "se para os jovens não há hoje esperança de assumirem responsabilidades no seio da direcção do PAIGC?", "porque razão, havendo sinais claros de uma profunda crise e divisão interna no seio do Partido, os seus órgãos estatutários, que são o fórum ideal para debater estes problemas, não se reúnem?".

Amidu Biai em nome da JAAC "este partido pelo desenho que estão a levar a cabo, demonstra de forma evidente que não há lugar hoje em dia para os jovens, quando vejo velhos e desgastados dirigentes envolvidos nesta história da Plataforma e a quererem a todo o custo manter-se no poder, com o suposto apoio de alguns jovens dirigentes oportunistas que querem mesmo à custa de golpes baixos servirem-se do Partido e não servir o Partido".
Por seu turno, Sadjo Biai, "estou no PAIGC por uma questão de consciência e de amor, se não fosse isso já teria mudado para outra formação política, mas fico espantado quando vejo dirigentes históricos serem eles próprios os protagonistas da desunião e da divisão". Para logo acrescentar que "também estamos a reparar com muita preocupação que muitos grandes dirigentes do Partido, que nas horas más são perseguidos e maltratados pelos nossos inimigos ou adversários, mas que sempre deram o seu melhor para o prestigio do partido, estejam a ser alvo de guerra e de perseguição, só porque decidiram apoiar uma ou outra candidatura. Isso não é só errado como inaceitável, porque só aos órgãos estatutários compete o direito de suspender ou sancionar um dirigente, para mais quando pertencem aos órgãos mais superiores do nosso Partido".

Para Issaga Bá, "estamos a perder tempo com estas historias aventadas pelos veteranos e pela Plataforma, se não convocarmos imediatamente a reunião dos órgãos para debatermos a vida do nosso Partido", enquanto que o Coordenador do Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" para os Sectores de Bula x Ingoré x Sâo Domingos, António Braima Djighalê, "os veteranos sabem que a hora deles chegou ao fim e querem tramar o Partido, como faz o tuberculoso, onde o doente por uma questão psicológica não quer ser ele o único contagiado, ou seja, sem eles que o PAIGC morra ou desapareça".
Para já uma certeza, a deduzir pelas intervenções registadas, a Plataforma jamais será votada favoravelmente em Ingoré, antes pelo contrário. (x)